Fitna: encrenca ou liberdade de opinião/expressão?
Sei lá. Mas que já está gerando polêmica, isto é certo. Conseqüências mais graves podem vir futuramente. A razão é simples: o deputado holandês Geert Wilders resolveu fazer um filme (curta) criticando de forma explicita o Corão, e o Islã, e o que ele chama de “islamização”. No filme ele mostra como passagens do livro sagrado são usadas para incitar a violência. Há algum tempo vimos no que deu as caricaturas de Maomé. Agora isso. Ele que se cuide.
Não acho certo criticar a religião em si. É bom lembrar que houve um tempo que a Igreja Católica queimava viva a pessoa que ia contra seus dogmas. A bíblia foi usada, ou melhor, interpretada para justiçar o injustificável. Duvido que os evangélicos apóiem o enriquecimento absurdo daquele que se diz “bispo”, pelo menos aqueles que têm uma visão crítica sobre os fatos que são apresentados. Mas não podemos criticar a religião evangélica por conta de bandidos aproveitadores. Assim como não podemos criticar o catolicismo porque alguns malucos com mania de grandeza fizeram o que fizeram. Duvido muito que os islâmicos, em sua grande maioria, apóiem as ações de Bin Laden ou quaisquer outros terroristas que matam pessoas inocentes em nome de suas crenças.
Religião, seja ela qual for, é algo relacionado à vida, à paz, à harmonia, à esperança (Re-ligare). Mas infelizmente os seguidores dessas religiões (sejam cristãos, judeus, budistas, islamitas, ou quaisquer outros, e são tantos) são seres humanos, imperfeitos por natureza.
Outra coisa é criticar essas pessoas. Se alguém diz com todas as letras que deseja a morte de outras pessoas, simplesmente por não seguirem seus dogmas, esse alguém será criticado em qualquer lugar, pois estará dizendo uma cretinice. Mas assim como não acho certo confundir a política externa de Bush (ou Chaves) com o povo estadunidense (que, em sua maioria não aprova essa política belicista), não acho certo criticar toda uma cultura ou religião (no caso a muçulmana) porque alguém (um ser humano, imperfeito, como eu) falou sandices como “devemos cortá-los a cabeça”. As declarações absurdas (insensatas, estúpidas, irresponsáveis, arrogantes e cheias de ódio) usadas na montagem do filme são tão horrendas como tantas outras pronunciadas no passado e no presente por pessoas que se dizem seguidoras de outras religiões.
Bem, o filme foi feito e foi distribuído pela maneira mais eficaz: a Internet. Agora é esperar que, quem o assista, lance mão de um olhar crítico. É preciso serenidade para aceitar as diferenças. Já houve muita morte, muita guerra, por conta de interpretações preconceituosas e equivocadas de todos os lados.
O filme pode ser visto abaixo. AVISO: contém cenas (e pronunciamentos) muito fortes, que dificilmente são exibidas na TV.
Sei lá. Mas que já está gerando polêmica, isto é certo. Conseqüências mais graves podem vir futuramente. A razão é simples: o deputado holandês Geert Wilders resolveu fazer um filme (curta) criticando de forma explicita o Corão, e o Islã, e o que ele chama de “islamização”. No filme ele mostra como passagens do livro sagrado são usadas para incitar a violência. Há algum tempo vimos no que deu as caricaturas de Maomé. Agora isso. Ele que se cuide.
Não acho certo criticar a religião em si. É bom lembrar que houve um tempo que a Igreja Católica queimava viva a pessoa que ia contra seus dogmas. A bíblia foi usada, ou melhor, interpretada para justiçar o injustificável. Duvido que os evangélicos apóiem o enriquecimento absurdo daquele que se diz “bispo”, pelo menos aqueles que têm uma visão crítica sobre os fatos que são apresentados. Mas não podemos criticar a religião evangélica por conta de bandidos aproveitadores. Assim como não podemos criticar o catolicismo porque alguns malucos com mania de grandeza fizeram o que fizeram. Duvido muito que os islâmicos, em sua grande maioria, apóiem as ações de Bin Laden ou quaisquer outros terroristas que matam pessoas inocentes em nome de suas crenças.
Religião, seja ela qual for, é algo relacionado à vida, à paz, à harmonia, à esperança (Re-ligare). Mas infelizmente os seguidores dessas religiões (sejam cristãos, judeus, budistas, islamitas, ou quaisquer outros, e são tantos) são seres humanos, imperfeitos por natureza.
Outra coisa é criticar essas pessoas. Se alguém diz com todas as letras que deseja a morte de outras pessoas, simplesmente por não seguirem seus dogmas, esse alguém será criticado em qualquer lugar, pois estará dizendo uma cretinice. Mas assim como não acho certo confundir a política externa de Bush (ou Chaves) com o povo estadunidense (que, em sua maioria não aprova essa política belicista), não acho certo criticar toda uma cultura ou religião (no caso a muçulmana) porque alguém (um ser humano, imperfeito, como eu) falou sandices como “devemos cortá-los a cabeça”. As declarações absurdas (insensatas, estúpidas, irresponsáveis, arrogantes e cheias de ódio) usadas na montagem do filme são tão horrendas como tantas outras pronunciadas no passado e no presente por pessoas que se dizem seguidoras de outras religiões.
Bem, o filme foi feito e foi distribuído pela maneira mais eficaz: a Internet. Agora é esperar que, quem o assista, lance mão de um olhar crítico. É preciso serenidade para aceitar as diferenças. Já houve muita morte, muita guerra, por conta de interpretações preconceituosas e equivocadas de todos os lados.
O filme pode ser visto abaixo. AVISO: contém cenas (e pronunciamentos) muito fortes, que dificilmente são exibidas na TV.
Matéria no O Globo
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