sábado, março 01, 2008

Cadê a seriedade?

Li um texto interessante de Ruth de Aquino (redatora-chefe da revista Época) sobre a farra de ONGs no país. Ela começa citando Tim Maia, a quem chama de filósofo popular, que dizia "não pode dar certo um país em que prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme e traficante se vicia". Seguindo este raciocínio, ela comenta sobre o fato de Organizações NÃO-Governamentais (ONGs) serem sustentadas com dinheiro... do governo, público, meu, seu, nosso.

A cifra está na casa dos bilhões. Verbas sem o menor controle são direcionadas para tais organizações que se tornaram órgãos estatais sem controle do Estado, quando deveriam atuar em áreas onde o Estado, por imperfeição ou omissão, não atendessem. "Deveriam cuidar de questões periféricas, mas, em países como o Brasil, penetram nos serviços essenciais e viram apêndices do Estado", diz. Mesmo se houvesse controle, já seria esquisita essa forma de terceirização do Estado, sem licitação. Mas o que vemos são valores desviados muitas vezes para atender interesses particulares. Chegam ao ponto de adiantar valores, doam verbas para ONGs inexistentes, a exemplo do que fez o atual ministro do Trabalho, que acumula cargo de presidente de seu partido, a quem o Luiz da Silva chama de "o mais republicano dos ministros".

Para ler o texto, clique aqui.

Nenhum comentário:

A menina no mercado

Havia uma menina no mercado. Devia ter uns 12 anos. Talvez menos. Estava atrás de mim no caixa. Tinha dois pacotes de macarrão instantâneo n...