3 é bom, 513 é demais
Luiz da Silva está em solo carioca. Visitará, como toda pompa e circunstância que um mandatário da nação merece, três comunidades (ou favelas) da cidade do Rio de Janeiro.
Maravilha! Finalmente o Estado brasileiro, representado pelo governo federal que decidiu desengavetar certos projetos, e acompanhado por uma penca de agregados e parceiros que não poderiam perder a oportunidade de aparecer, irá se fazer presente nessas comunidades. E dessa vez não entrará atirando na direção de onde acha que partem os disparos dos traficantes.
Legal. Li que o investimento per capita para o PAC nessas três localidades será de aproximadamente R$ 4.384,00. Se considerarmos os gastos que o Estado Brasileiro tem com cada deputado, com cada vereador, as mordomias, as maracutaias, as lixeiras de mil reais, e outros absurdos... Bem, acho, ou melhor, tenho certeza que o investimento é mais válido.
Manguinhos, Complexo do Alemão e Rocinha. São três das mais conhecidas, não só por aqui, mas internacionalmente. O Complexo do Alemão foi palco de um intenso conflito entre policiais, inclusive da FNS, com os traficantes. Notícia que correu o mundo. Manguinhos conta há tempos com projetos sociais e divide espaço com um centro de excelência mundial na produção de vacinas e pesquisas em saúde pública (a FioCruz). A Rocinha é a mais famosa. Parece o orgulho nacional ter a maior favela da América Latina. É visitada por estrangeiros de todo o mundo como um ponto turístico. Comunidade quase auto-suficiente, com comércio forte e pessoas trabalhadoras, construções de todo o tipo, mas cuja visão ao lado de um dos bairros mais ricos da cidade mostra o abismo social vigente. Também conta com diversos projetos sociais, mas tem uma chaga, como as demais: o tráfico.
Essas foram as três escolhidas. Para a imagem do governo será ótimo. Se tiver sucesso, e espero que tenha para o bem dos moradores honestos (bem esse que se refletirá no resto da cidade), será como uma propaganda em horário nobre. Jogada de mestre.
Mas o Rio não possui apenas três ou quatro comunidades carentes ou favelas. São centenas. No senso de 2000, pelo li, constavam 513. E o número parece que cresceu de lá pra cá. A grande maioria não tem a fama internacional, nem a cobertura intensa da mídia, nem fica entre dois bairros nobres da cidade, nem conta com a atenção de tantas ONGs mantidas com o dinheiro público. Algumas não dão ibope. Mas estão lá!
Luiz da Silva está em solo carioca. Visitará, como toda pompa e circunstância que um mandatário da nação merece, três comunidades (ou favelas) da cidade do Rio de Janeiro.
Maravilha! Finalmente o Estado brasileiro, representado pelo governo federal que decidiu desengavetar certos projetos, e acompanhado por uma penca de agregados e parceiros que não poderiam perder a oportunidade de aparecer, irá se fazer presente nessas comunidades. E dessa vez não entrará atirando na direção de onde acha que partem os disparos dos traficantes.
Legal. Li que o investimento per capita para o PAC nessas três localidades será de aproximadamente R$ 4.384,00. Se considerarmos os gastos que o Estado Brasileiro tem com cada deputado, com cada vereador, as mordomias, as maracutaias, as lixeiras de mil reais, e outros absurdos... Bem, acho, ou melhor, tenho certeza que o investimento é mais válido.
Manguinhos, Complexo do Alemão e Rocinha. São três das mais conhecidas, não só por aqui, mas internacionalmente. O Complexo do Alemão foi palco de um intenso conflito entre policiais, inclusive da FNS, com os traficantes. Notícia que correu o mundo. Manguinhos conta há tempos com projetos sociais e divide espaço com um centro de excelência mundial na produção de vacinas e pesquisas em saúde pública (a FioCruz). A Rocinha é a mais famosa. Parece o orgulho nacional ter a maior favela da América Latina. É visitada por estrangeiros de todo o mundo como um ponto turístico. Comunidade quase auto-suficiente, com comércio forte e pessoas trabalhadoras, construções de todo o tipo, mas cuja visão ao lado de um dos bairros mais ricos da cidade mostra o abismo social vigente. Também conta com diversos projetos sociais, mas tem uma chaga, como as demais: o tráfico.
Essas foram as três escolhidas. Para a imagem do governo será ótimo. Se tiver sucesso, e espero que tenha para o bem dos moradores honestos (bem esse que se refletirá no resto da cidade), será como uma propaganda em horário nobre. Jogada de mestre.
Mas o Rio não possui apenas três ou quatro comunidades carentes ou favelas. São centenas. No senso de 2000, pelo li, constavam 513. E o número parece que cresceu de lá pra cá. A grande maioria não tem a fama internacional, nem a cobertura intensa da mídia, nem fica entre dois bairros nobres da cidade, nem conta com a atenção de tantas ONGs mantidas com o dinheiro público. Algumas não dão ibope. Mas estão lá!
Nenhum comentário:
Postar um comentário