Não estou falando da crise no preços de alimentos que se discute mundialmente. É algo local. Mas especificamente em Ericeira, cidade pesqueira de Portugal. Os administradores locais foram multados por fazerem uso, já a algum tempo, de biocombustível fabricado a partir de óleo [de cozinha] reciclado. Recolhiam o óleo em restaurantes, hotéis e escolas. O biocombustível era então fabricado e usado nas viaturas da cidade, com excedente doado aos bombeiros, organizações sociais e a cidadãos comuns que quisessem experimentar a novidade em seus carros. Outro produto resultado do processo é a glicerina, base para a fabricação de sabão e sabonete, uma próxima iniciativa da cidade, com o propósito beneficiar 144 famílias carentes.
O fato é que o Estado português se sentiu lesado pelo fato de uma cidade não usar… vejam só… combustível fóssil, que é taxado, optando pelo uso de um produto não regulamentado no que diz respeito à arrecadação.
É algo a se pensar. Com certeza inusitado, mas interessante e válido para reflexão. Já ouvi maravilhas a respeito do biocombustível. Uma delas seria a possibilidade de produção em pequenas propriedades. Imaginem isso: autonomia na produção e, por tabela, no consumo; e de maneira que o Estado não arrecade o tão querido imposto sobre tudo.
De qualquer forma foi uma ótima a iniciativa de Ericeira [que garante não ter intenção de pagar a multa].
Ah, leia a matéria aqui.
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