quinta-feira, janeiro 03, 2008

O troféu, os porcos e o farelo de sempre

Num passado nem tão distante era comum a Igreja Católica receber doações, mesmo em forma de bens (imóveis, por exemplo) como forma de gratidão. Temos hoje a Santa Casa de Misericórdia com prédios residenciais em áreas nobres da cidade, para citar um exemplo. Não sei como isso se dava, mas é fato.

Há poucos anos outra instituição "religiosa" se destacou na mídia pela forma como treinava seus funcionários e colaboradores para que incentivassem a doação. Vídeos foram divulgados exibindo o "treinamento", o deboche, a falta de respeito, o crime que ninguém considera crime. Foi a mesma instituição que, em seu programa na TV, mostrou um de seus pastores chutando a imagem de uma santa católica, numa demonstração de que intolerância religiosa não é algo que ocorre somente em outros países. Isso sem falar no mau uso de um meio de comunicação tão importante. Essa mesma instituição religiosa, a exemplo da Igreja Católica, também recebe doações de seus fiéis.

Outra instituição religiosa, a Igreja Renascer, fez fortuna com essa prática. Seus líderes estão em prisão domiciliar, mas continuam comandando sua empresa de forma muito competente. Viva a tecnologia, sempre ajudando os negócios. A doação mais recente, que mais tem um valor simbólico, foi ofertada pelo seu seguidor mais ilustre. O melhor jogador de futebol do mundo: Kaká. Exemplo para tantos jovens apresenta, ao contrário de muitos outros craques, um comportamento exemplar. Um bom menino, diriam.

Me lembrei de um ditado antigo que dizia "quem com porcos se mistura, farelos come". Espero que Kaká continue dando bons exemplos, e tome cuidade num envolvimento tão direto com criminosos. Achei aquela uma imagem triste.

E a história se repete.

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