terça-feira, janeiro 29, 2008

Cartão vermelho

A ministra do SEPPIR, Matilde Ribeiro, parece não ter se dado conta do cargo que ocupa. Primeiro foi a declaração infeliz, que por sua vez gerou interpretações mais infelizes ainda. Agora o absurdo, o crime. A desculpa de que a utilização do cartão corporativo num freeshop foi um engano, não cola. Invente outra, ministra. A partir do momento em que uma pessoa assume uma pasta do governo, como a SEPPIR ou qualquer outro ministério ou secretaria, deve agir e falar de acordo, com ética, com responsabilidade. Não há espaço para enganos, declarações impensadas.

Quando ouvi a notícia ontem confesso que fiquei triste. Agora, além da tristeza, fica certa indignação. Quando se fala em igualdade racial, racismo, as críticas são tantas, com discussões acaloradas. Se conseguimos progredir no assunto, pelo menos assumindo que existe algo errado, uma parcela da sociedade de indigna. "Não existe racismo no Brasil"; "Vocês deveriam parar de viver no passado"; e por aí vai. Então cria-se a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, com objetivos postos e desafios mais que conhecidos, embora pouco reconhecidos. Só que a pessoa que comanda tal secretaria parece não ter se dado conta da importância de suas ações. Deveria pensar em exercer outra atividade.

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