É comum usarmos termos pejorativos quando se fala de produções americanas. Como "mais um enlatado". A quantidade de besteirol é realmente grande. Mas se produzem coisas boas e ruins em todos os lugares. Este post é para falar de uma das boas "coisas" produzidas por estadunidenses. Trata-se de um documentário que começa como uma espécie de caçada, uma aventura a ser trilhada por três jovens.
Eles queriam uma história e foram atrás desse objetivo na África. Propositadamente ou não, é nítida a mudança de percepção desses jovens que, de forma gradativa, transferem todo o foco para quem mais precisa, as crianças. E, saindo de cena, nos deixam a sós com essa terrível e avassaladora verdade. E as crianças surgem, clamando por existência. "Somos seres humanos como vocês", uma delas fala. Numa das cenas mais fortes que já vi, uma das crianças, Jacob, diz que seria melhor se o matassem. Então, contrariando a percepção inicial dos autores, ele chora. Àquelas crianças não é permitido chorar.
Essa é a história, verídica, assustadora, triste, das crianças que tentam escapar de serem raptadas e transformadas em soldados entre seus 8 ou 12 anos. Numa tragédia que já dura mais 20 anos, em Uganda. Crianças que são obrigadas a matar. Crianças que não podem dormir em suas casa. Medo.
É inevitável agradecer não apenas aos três jovens estadunidenses, mas também á Pedro Espindola pela legenda em português, de modo a tornar o documentário mais acessível. Documentário que descobri, numa busca por material em vídeo sobre África e que divulgo aqui no blog. É uma tentativa de acabar com a invisibilidade dessas crianças, desses seres humanos.
Assista abaixo, Invisible Children
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