Rambo. Eu assistia repetidas vezes os filmes 1, 2 e 3. Soube que virá o quarto da série. Se não me engano foi Rambo III que trouxe a história da guerra no Afeganistão. Lembro que os maus e opressores eram os soviéticos, os oprimidos eram os afegãos e, como não poderia deixar de ser, EUA eram os heróis, representados pela figura do Rambo. Lembro também que os rebeldes afegãos foram auxiliados pelos EUA. Posso estar enganado, mas a “ajuda” também se deu em forma de armamento. Também posso estar enganado, mas o filme, de certa forma, refletiu a realidade: EUA armou o Afeganistão na luta contra a União Soviética. Seria a Guerra do Afeganistão, 1979, ainda no contexto da Guerra Fria. Bin Laden e Rambo lutando lado a lado. Veja só!
Pelo pouco que li, Saddam Hussein também teria sido armado pelo EUA. Parece que é uma prática comum na política externa estadunidense. O resultado imediato é sempre o mesmo: o sofrimento de um povo.
Mas também podemos citar outros produtos da “Inteligência” estadunidense. Que tal o enriquecimento de certos fabricantes de armas e empreiteiros? Ah, e o que me dizem da “fabricação” do ódio contra americanos? Não apenas os responsáveis, mas todos os que nascem nos EUA.
Me parece que na Somália está acontecendo algo que nos faz lembrar Rambo III, Iraque, Afeganistão, e outros campos de fabricação de ódio, de destruição de vidas, de desumanidades.
Os EUA apoiaram a Etiópia numa invasão ao território Somali para destituir e combater um grupo de insurgentes islâmicos que, supõem-se, estaria apoiando a rede Al Qaeda. A mesma história: EUA arma um dos lados, dá apoio “tático e logístico”, usa a “Inteligência” para identificar onde está o “bandido” e o “mocinho” lança uma bomba. Resultado: milhares de civis (lê-se: pessoas que não estão envolvidas com nenhum dos lados) morrem.
O relatório de 113 páginas do Human Rights Watch publicado ontem sobre o que se passa na Somália acusa ambos os lados (Somália e Etiópia) de abusos contra os direitos humanos. São execuções deliberadas e sumárias, bombardeios contra bairros civis e hospitais, prisões em massa.
O documento traz a transcrição de uma entrevista concedida pelo presidente da Somália, Abdullahi Yusuf a uma rádio. Ao ser perguntado se um bairro, onde insurgentes estariam escondidos, seria bombardeado mesmo sabendo-se da existência de civis no local. A resposta foi: “Sim, nós bombardearemos o local”
Considerando isso, alguns pensariam que a razão está com a Etiópia e EUA. Ledo engano. Para começar não há razão. Tanto insurgentes, como governo Somali e forças de coalizão Etíope e americana contribuem para o sofrimento da população. A Etiópia é foco principal da denúncia. Segundo o relatório seria prática comum o bombardeio de áreas civis, sem possibilidade de distinguir alvos militares. Segundo Kenneth Roth, diretor executivo do Human Rights Watch, todas as partes são acusadas de desrespeito criminoso ao bem-estar da população civil de Mogadíscio (capital da Somália). A reportagem foi publicada ontem (13/08/2007) no Washington Post.
Pelo pouco que li, Saddam Hussein também teria sido armado pelo EUA. Parece que é uma prática comum na política externa estadunidense. O resultado imediato é sempre o mesmo: o sofrimento de um povo.
Mas também podemos citar outros produtos da “Inteligência” estadunidense. Que tal o enriquecimento de certos fabricantes de armas e empreiteiros? Ah, e o que me dizem da “fabricação” do ódio contra americanos? Não apenas os responsáveis, mas todos os que nascem nos EUA.
Me parece que na Somália está acontecendo algo que nos faz lembrar Rambo III, Iraque, Afeganistão, e outros campos de fabricação de ódio, de destruição de vidas, de desumanidades.
Os EUA apoiaram a Etiópia numa invasão ao território Somali para destituir e combater um grupo de insurgentes islâmicos que, supõem-se, estaria apoiando a rede Al Qaeda. A mesma história: EUA arma um dos lados, dá apoio “tático e logístico”, usa a “Inteligência” para identificar onde está o “bandido” e o “mocinho” lança uma bomba. Resultado: milhares de civis (lê-se: pessoas que não estão envolvidas com nenhum dos lados) morrem.
O relatório de 113 páginas do Human Rights Watch publicado ontem sobre o que se passa na Somália acusa ambos os lados (Somália e Etiópia) de abusos contra os direitos humanos. São execuções deliberadas e sumárias, bombardeios contra bairros civis e hospitais, prisões em massa.
O documento traz a transcrição de uma entrevista concedida pelo presidente da Somália, Abdullahi Yusuf a uma rádio. Ao ser perguntado se um bairro, onde insurgentes estariam escondidos, seria bombardeado mesmo sabendo-se da existência de civis no local. A resposta foi: “Sim, nós bombardearemos o local”
Considerando isso, alguns pensariam que a razão está com a Etiópia e EUA. Ledo engano. Para começar não há razão. Tanto insurgentes, como governo Somali e forças de coalizão Etíope e americana contribuem para o sofrimento da população. A Etiópia é foco principal da denúncia. Segundo o relatório seria prática comum o bombardeio de áreas civis, sem possibilidade de distinguir alvos militares. Segundo Kenneth Roth, diretor executivo do Human Rights Watch, todas as partes são acusadas de desrespeito criminoso ao bem-estar da população civil de Mogadíscio (capital da Somália). A reportagem foi publicada ontem (13/08/2007) no Washington Post.
Num artigo da Folha Online publicado em Janeiro, Nick Grono, vice-presidente do International Crisis Group, a ação dos EUA na Somália poderia resultar em revés. Isto é, crescimento do apoio local ao grupo Islâmico que aprendeu a odiar os EUA.
Parece um ciclo vicioso. Poderia inspirar um filme. Mas não seria Rambo IV, pois ficaria repetitivo.
Parece um ciclo vicioso. Poderia inspirar um filme. Mas não seria Rambo IV, pois ficaria repetitivo.
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