quarta-feira, agosto 01, 2007

Extra-oficialmente

Ontem postei sobre o plano americano de vender armas para alguns países do Oriente Médio, agora de forma mais intensa e levando adiante a idéia absurda de "armar para pacificar". Hoje, na versão on-line do britânico The Guardian, li uma matéria muito interessante sobre as operações, digamos, extra-oficiais dos EUA no Iraque e em outros países. Os abusos e absurdos que assistimos na TV envolvendo soldados americanos, no Iraque por exemplo, talvez não se comparem aos abusos cometidos pelos mercenários também americanos. A reportagem comenta que a guerra está, de certa forma, privatizada. São dezenas de empresas que lucram prestando serviços de "segurança" naquela região. São vários casos de abusos onde a pena é uma simples demissão, já que não são militares, não respondem a corte marcial e dificilmente condenados como réus comuns.

São empresas muito bem relacionadas com a Casa Branca. A reportagem cita a BlackWater, que tem em seu quadro de diretores, ex-membros da CIA e do Pentágono. Também contribuiu substancialmente com a campanha do Bush e de seus aliados. São polpudos contratos de guerra substituindo a diplomacia internacional.

Os mercenários não se diferem muito dos próprios soldados americanos. Na segunda-feira, O Globo publicou uma reportagem sobre o prêmio que Exército americanos oferece aos novos recrutas. 20 mil dólares.

Sem levar em conta o absurdo da guerra em si, a pergunta que fica é: esses caras estão preparados para alguma coisa além de brincar de bang bang e ganhar uns trocados?

Segundo a reportagem são aproximadamente 48 mil desses mercenários. E o Tio Sam ainda fala de garantir a paz na região!?

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