sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Thriller, 25 anos. Relembrando o passado

Realmente o tempo passa rápido. O aniversário de 25 anos do grande álbum da música pop, Thriller, de Michael Jackson, me faz lembrar a expectativa que tinha em assistir cada novo lançamento ao astro. Os zumbis do clip cujo título dá nome ao álbum, depois de passado o susto inicial sentido quando criança e cultivado pelos adultos (e outras crianças) presentes, deram lugar às brincadeiras. Lembro que colocava um dos braços para dentro da camisa e fica imitando o zumbi. Foram momentos interessantes. Nessa época a televisão, compartilhada por todos numa casa que abrigou dezenas, tinha imagem preta e branca e funcionava com fusíveis. Era preciso esperar algum tempo para que a imagem surgisse na tela, tempo para que os fusíveis esquentassem. A qualidade também dependia de um bom chumaço de Bombril na antena. Mas todos se divertiam. Eu com meu braço escondido, feliz, brincando.

Lembro também de outros clipes. Bad, Beat it, Billie Jean. Alguns anos mais tarde, o susto. O astro negro aparece branco. Incrível. Maquiagem, doença, química. Loucura. O clipe da música com nome sugestivo era Black or White. Com uma canção que pregava a união das raças, das culturas, o vídeo exibia efeitos especiais nunca antes vistos. Era um sonho. Era mágico. Assim como de certa forma parecia mágica a nova aparência do mais famoso dos Jacksons. À época, lembro agora, já não tínhamos televisão. Era outra casa, uma situação diferente. Como fazer para assistir à exibição do clipe? Era um domingo. Como sempre o Fantástico fazia o lançamento, com certo alarde, das mais recentes façanhas de Michael. Pedi, implorei, chateei minha mãe para que pudéssemos ir à casa de uma vizinha com condições materiais bem melhores que a nossa. Eles tinham uma TV. E era colorida. Apesar do nome da música, era preciso muitas cores. Era inacreditável o que eu via. As mudanças, a coreografia. Lembro que o próximo que iria assistir foi Remember the Time. Mais efeitos, mais cores, mas dança, ritmo, força, magia, sonho. Não lembro onde assisti esse.

E lá se vão 25 anos de Thriller. Lá se vão 25 anos da televisão à fusível, da casa de minha Avó, Ceminha Peixeira, dos conflitos de então, das situações e dificuldades. A cada clipe, uma história. Aja emoção.


Nenhum comentário:

A menina no mercado

Havia uma menina no mercado. Devia ter uns 12 anos. Talvez menos. Estava atrás de mim no caixa. Tinha dois pacotes de macarrão instantâneo n...