terça-feira, dezembro 18, 2007

Ignorância: uma política de Estado... mais uma vez

O prefeito Cesar Maia editou ontem um decreto que, contrariando decisão da Câmara dos Vereadores do Rio, recria algo parecido com a aprovação automática. Tenho certeza que o prefeito desta linda cidade teve oportunidade de ter educação nos moldes que ele hoje combate à canetada. Estudou em boas escolas onde se cobrava empenho do aluno, com instrumentos didáticos tradicionais e eficazes que o permitiram galgar passos na educação formal, cursando universidades, por exemplo. O tipo de educação que, caso o aluno não consiga atingir uma meta, é reprovado para seu bem. E sendo reprovado, o aluno não acumulando desconhecimento.

O que vemos com essas medidas, que só compreendo se imaginá-las como um plano sinistro de controle e dominação, o que se perpetua é a ignorância, a acomodação intelectual.

O prefeito deveria usar seu cargo, sua linda canetinha, para lutar por melhorias no sistema educacional, com salários dignos aos professores, segurança na escola, oportunidade de acesso e permanência, instrumentos pedagógicos que permitissem o aprendizado, o conhecimento, o desenvolvimento intelectual dos estudantes... Em todas as escolas sob sua responsabilidade, não apenas as que ficam visíveis como se fossem instrumentos publicitários ou as que ficam em bairros 'nobres' servindo à classe média.

A avaliação negativa que teve recentemente foi pouco considerando tudo isso. Deveria ser ZERO, Reprovado.

OBS.: Me baseio em informações de jornais e agências de notícias on-line, com matérias recentes e antigas. Em pesquisa nos sites da Prefeitura e da Câmara não localizei o texto do decreto. Aliás, ambos os sites são péssimos, principalmente o da Câmara. Cadê o acesso? São informações que deveriam estar facilmente acessíveis!

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