Símbolos da impunidade
Thales Ferri Schoeld - Promotor - 14° colocado no concurso do Ministério Público Estadual (SP) - Salário pago pelo contribuinte: em torno de R$ 10,5 mil. Crime: homicídio qualificado – motivo fútil – e tentativa de homicídio.
Renan Calheiros - Senador - eleito (pelo contribuinte/eleitor) em 2002 para o segundo mandato. Foram 815.136 votos, segundo informação da página do senador. Salário em torno de R$ 12 mil; mas, se considerarmos todos os "benefícios" o custo com esse servidor público passa de R$ 124 mil, segundo site Contas Abertas. Crime (?) : "relação promíscua com o lobista de uma grande empreiteira de obras públicas, o tráfico de influência em favor de empresas com problemas fiscais, a incompatibilidade entre os rendimentos declarados e o crescimento patrimonial, o uso de intermediários clandestinos (os chamados "laranjas") na obtenção de concessões públicas e outras operações obscuras - para dizer o menos - envolvendo bancos, Ministérios e transporte de grandes somas em dinheiro vivo." Como diz artigo do Estadão.
Confesso que torci para que o Renan tivesse o mandato cassado, contrariando os milhares de eleitores que confiaram nele. Sei que isso não tornaria o Brasil no país das maravilhas em termos de honestidade, mas seria algo simbólico. Como foi simbólico a decisão do STF em aceitar as denúncias contra parlamentares no caso do Mensalão. Mas me sentiria melhor. Ao mesmo tenho não estranho o resultado da votação "secreta". Se uma pessoa mata outra, a sangue-frio, e continua com sua vida normal, sendo paga pelo contribuinte (para uma tarefa ligada à justiça), com todos os benefícios... por que então cassar Renan?
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