Invadiram... e agora?
Os EUA consideram a retirada de suas tropas do Iraque. Esta semana o General David Patraeus, comandante das forças estadunidenses no Iraque, e o embaixador Ryan Crocker, prestaram esclarecimentos ao Congresso. O principal argumento foi que uma retirada tão cedo das tropas daquele país resultaria num desastre.
Desastrosa foi a invasão. Principalmente para os milhares de inocentes que morreram desde então. Isso sem falar nos soldados americanos, completamente despreparados, ignorantes sobre seu papel na tragédia política, militar e principalmente humana de que participam. Por tudo que se viu, não distinguem a realidade dos videogames.
Destronaram um ditador sanguinário, colocando no lugar milhares de soldados estrangeiros, desconhecedores e indiferentes à cultura local, além dos mercenários contratados por firmas particulares atraídas pela possibilidade de dinheiro fácil numa terra sem lei. A mentira sobre reconstruir o país fica cada vez mais evidente, a cada explosão, a cada carro ou homem-bomba, as doenças que se alastram (cólera, por exemplo) num país com a já fraca intra-estrutura sendo destruída.
E agora estão com medo. Não sabem o que fazer. Soldados morrem a cada dia. Os gastos aumentam. As eleições estão próximas e a "imagem" não está nada boa.
Mas existe um outro produto, fruto da ação estadunidense não somente no Iraque. Esse produto é o ódio, puro e simples. E esse ódio não é direcionado somente aos imbecis que elaboram os "planos", que fazem a política externa, mas aos americanos de maneira geral, quando não ao Ocidente.
A charge abaixo é de Kevin Kallaugher para o Economist.com, publicada ontem. Diz tudo.
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