domingo, outubro 07, 2007

Anna Politkovskaya

Tanta coisa escrota acontecendo no mundo e muita gente faz tudo para esconder. É mais simples viver sem saber de certos acontecimentos. E certos acontecimento incomodam alguns. Algumas dessas coisas são simplesmente omitidas dos telejornais que se ocupam de abordar, superficialmente, os "temas da moda". É o caso de Burma (ou Mianmar) questão que abordei aqui no Blog em Julho e que a grande imprensa só mostrou dois meses depois, quando os monges marcharam. Isso sem falar em Darfur e outras regiões da África que sempre abordo.

Outras vezes a "repressão" à liberdade de informação é feita por meios menos sutis. É o caso da Rússia de Vladimir Putin. Há exatamente um ano, Anna Politkovskaia, renomada jornalista e escritora russa, foi assassinada no elevador do edifício onde morava. Naqueles dias ela terminava um artigo sobre as torturas na Chechênia, mais um entre em que descrevia e expunha os abusos contra os direitos humanos e a verdade sobre a "Guerra contra o Terrorismo" empreendida pela Russia naquela região. Assim, mais uma jornalista era assassinada, mais uma voz calada, desde 2000, quando Putin se tornou presidente.

A crise na Chechênia continua, como mostra o relatório da Human Rights Watch e é preciso que todos saibam para que algo seja feito. Anna fez seu papel, pagando com a própria vida a tentativa de levar ao conhecimento de todos algo que era (e é) escondido. É preciso que não seja em vão. Que a informação seja difundida, livre. Esta postagem é uma homenagem à Anna Politkovskaya (1958 - 2006).

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