quarta-feira, outubro 17, 2007

Coisas boas da Internet

Por vezes me surpreendo com as novidades da Internet, seus recursos e possibilidades. Também me surpreendo ao pensar que não usamos praticamente nada do que se oferece, muitas vezes por desconhecimento. Já tinha ouvido falar, por exemplo, de um serviço (mais um) do Google para busca de informações “em livros”. Fazendo uma pesquisa simples sobre informação e memória, me deparei com uma citação do serviço em questão. Com isso, lá fui eu conferir. É excelente. Trata-se, primeiramente, de uma iniciativa do Google que, num trabalho junto a bibliotecas do mundo, digitaliza livros e os disponibiliza na Internet. Muitos somente em trechos, por questões autorais, mas muitos também na íntegra, inclusive para download. O material é vasto e rico (palavra que lembra a empresa).

Dos que estão na íntegra, pode-se encontrar a edição de 1858 de Historia de Portugal, de Alexandre Herculano. Também vi uma edição de 1821 de “Memoria sobre a necessidade de abolir a introdução dos escravos africanos no Brasil” de João Severiano Maciel da Costa – O Marquês de Queluz. Muito interessante.

Encontrei várias edições do século XIX da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (clique aqui ou aqui para exemplos) e também da Revista da Academia Real das Sciencias de Lisboa.

O livro “Memoria geografica, e politica das possessões portuguezas n'Affrica occidental...” de Joaquim António de Carvalho e Meneses, edição de 1834. Historia do imperador Carlos Magno e dos doze pares de França de 1863 (clique aqui)

Também me deparei com uma edição de 1729 do livro “The Mathematical Principles of Natural Philosophy” de ninguém mais que Sir Isaac Newton (ele morreu dois anos antes dessa edição). Há uma edição de Hamlet do ano de 1860.

Dos recentes temos a edição de 2003 do livro “Uma história não contada: negro, racismo e branqueamento em São Paulo no pós-abolição”, Petrônio Domingues. Este está em parte, muitas partes. E “The Economics of Apartheid” de Stephen R. Lewis, 1990.

Vi livros até do século XVIII e XVII! Como “Iornada de Africa” de Hieronimo de Mendoça (ou Jornada de África de Jerônimo de Mendonça) do ano de 1785! E uma cópia (não sei se da original) de 1605 de “El ingenioso hidalgo don Quixote de la Mancha” (O engenhoso fidalgo dom Quixote de La Mancha – ou simplesmente Dom Quixote de Miguel de Cervantes). Encontrei até reproduções completas de livros do século XVI. Impressionante e numa escrita que, se não fossem as aulas de paleografia, ficaria difícil entender.

Eu gostei e indico. Pesquisa de livros do Google

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