quinta-feira, julho 05, 2007

Sua assinatura é mais poderosa do que você pensa
[Your signature is more powerful than you think]


A animação abaixo foi desenvolvida pela Anistia Internacional. É algo bastante interessante, pois mostra, de forma tocante e sensível, como as pessoas podem ajudar outras, simplesmente se posicionando diante de um fato, demonstrando solidariedade, reivindicando, protestando.



Seria o poder social e humanitário da assinatura. Isso se considerarmos os tão conhecidos abaixo-assinados. Muitas vezes banalizados (ou banais), outras vezes feitos de forma inadequada, desacreditados, etc. Mas não podemos desanimar. Devemos usá-lo como forma de pressão, reivindicação, protesto, luta pelos direitos, sejam nossos ou de outros.

Mas penso que também podemos fazer outra leitura da mensagem transmitida. Basta lembrarmos que, em muitos casos, apenas uma assinatura é suficiente. A decisão sobre vida e morte, a deliberação sobre guerra e paz, liberdade e cárcere. Mas podemos ser a força que produz essa assinatura. Basta que: 1) conheçamos (mazelas sociais estão ocorrendo neste momento e poucos sabem), e conhecendo… 2) nos importemos de fato (muitos se comovem com imagens – reais – de fome, dor, abandono, injustiça, da mesma forma como se comovem com um filme que passa na TV, no cinema… e o incomodo também passa após a sessão, ou próximo intervalo comercial; e nos importando… 3) busquemos meios de nos posicionar de alguma forma, mesmo que seja apenas sócio-politicamente (um abaixo assinado ou pedido encaminhado à autoridade mais próxima, por exemplo), ou informacionalmente (trabalhando para que o conhecimento daquilo seja mais difundido). Talvez não dê em nada, mas a opção da inércia e da ignorância é mais prejudicial, a todos.


"O mundo não é. O mundo está sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História mas seu sujeito igualmente. No mundo da História, da cultura, da política, constato não para me adaptar mas para mudar”. (Paulo Freire)

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