terça-feira, julho 17, 2007

As vaias

Ô assunto cansativo! Uns dizem que o local e o momento eram inoportunos. Eu perguntaria a esses: Qual seria então o momento dos que não estão contentes externarem seu descontentamento? E não me venham com respostas esdrúxulas. Sejam objetivos. Perguntaria também o seguinte: o Luiz da Silva por acaso está com 100% de aprovação nas pesquisas, ou mesmo teve 100% dos votos na última eleição? E vou mais além… Se o antônimo de vaia é o aplauso, por que esse último não sobrepujou o primeiro já que há tantos apoiadores, contentes?

Um governante disse que foi armação. Chegou mesmo a indicar onde estava localizado o grupo que iniciou as vaias e que foram “contaminando” outros. Essa talvez seja a mais forte. Outro político, sem usar sua típica jaqueta vermelha, afirmou que o povo do Rio percebeu que o governo federal queria se vangloriar do evento, se apossar dos créditos. Não levou em conta o montante que o governo federal investiu do dinheiro do povo. O vaiado disse que ficou triste. Comparando com uma festa para a qual foi convidado e encontrou pessoas que não o queriam ali. Não fique triste assim. As vaias foram tão somente a opinião dos que não aprovam certas coisas que andam rolando; e que você sabe. Se não sabe, procure se informar e fortaleça o coro das vaias.

Mas é isso, não se pode vaiar. Vaiar é agora um disparate. É tentar estragar a festa. Devem pensar assim: a festa é justamente para esquecermos as lambanças e essas vaias inoportunas nos fazem lembrar tudo, que droga!

Ouvi e li tanta coisa. Muitas engraçadas, outras tristes, algumas absurdas… todas válidas. Lição: estamos numa democracia, existe até um negócio chamado liberdade de expressão. Ah, muitos esqueceram ou ignoraram esse detalhe nos comentários e análises. Detalhe esse que me lembrou outra notícia recente. Aquela campanha da Peugeot satirizando a “famosa” declaração de nossa ministra sexóloga do Turismo, o “relaxa e goza”, foi suspensa. A empresa diz que já era previsto na concepção da propaganda, e que isso nada tem haver com possíveis pressões do governo. Tudo certo, tudo bem. Mas fiquei com a impressão de que uma vaia foi abafada.

Mas o PAN continua!

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