terça-feira, abril 17, 2007

Comentando artigos

Com relação ao artigo de Ali Kamel no O Globo de hoje (17/04/2007 - Opinião - página 7).

Não concordo com a crítica que ele (Ali Kamel) faz ao artigo de Nei Lopes e do reitor da UnB, Timothy Mulholland, pelo menos a maior parte dela. De qualquer forma, críticas como essa são sempre interessantes, pois abordam outros aspectos de um assunto ou mesmo expressam um ponto de vista diferente. É construtivo. Essa, como não poderia deixar de ser, vai de encontro com a obra citada "Não somos racistas" do mesmo autor.

Talvez o que aconteça no Brasil seja algo conceitual. Racismo, preconceito, diversidade, igualdade, exclusão, inclusão, racial, social, de serviço, econômico, biológico, sociológico, cultural, algo natural, algo fabricado, mistura, DNA, possibilidades e impossibilidades. Nada é simples! O que falar? O que pode ser dito? O que deve ser dito? Como pode ser definido? A correção será natural ou devemos agir? Não há nada a ser corrigido? Está tudo como deve ser? Se buscamos, somos radicais, somos racistas. Alguns são comparados a Adolf Hitler, outros a Jean-Marie Le Pen, alguns até são xenófobos. Se esperamos, nada acontece. Inércia. Silêncio. Aceitação. Somos passivos e não merecedores de maior "espaço" além daqueles que nos são reservados, indicados, naturalmente, biológicamente, sociologicamente. Nada é Simples. Como o vice-presidente disse, não devemos ficar comentando isso, mesmo que exista. Silêncio. Ignorância. Fantasia. Vejam o estardalhaço que isso faz. É preciso, como o autor diz, serenidade. Serenidade, eu digo, para lidar com algo tão arraigado em todos nós. A exclusão é feita, na grande maioria das vezes, com bastante... serenidade.

É como autor diz, "Nada é simples".

O artigo a que me refiro pode ser lido no site do O Globo Digital, edição de 17/01/2007, página 7

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