Ética e Moral
Uma coisa que ‘ficou’ das aulas na Unirio é a questão da palavra e seu significado. “Recorram às palavras” era mais ou menos o que dizia o professor. O nome eu não citarei aqui, mas alguns já devem saber de quem se trata. Pois bem, pelo pouco que li sobre definições de ética e moral, vejo que ambas se referem a algo subjetivo, pessoal. A segunda seria o objeto de estudo da primeira, para os filósofos. Ambas, porém, relacionadas, até em sua etimologia, com comportamento, conduta, costumes.
Uma coisa que ‘ficou’ das aulas na Unirio é a questão da palavra e seu significado. “Recorram às palavras” era mais ou menos o que dizia o professor. O nome eu não citarei aqui, mas alguns já devem saber de quem se trata. Pois bem, pelo pouco que li sobre definições de ética e moral, vejo que ambas se referem a algo subjetivo, pessoal. A segunda seria o objeto de estudo da primeira, para os filósofos. Ambas, porém, relacionadas, até em sua etimologia, com comportamento, conduta, costumes.
Num verbete da Wikipédia, li que “Em filosofia, o comportamento ético é aquele que é considerado bom, e, sobre a bondade, os antigos diziam que: o que é bom para a leoa, não pode ser bom à gazela. E, o que é bom à gazela, fatalmente não será bom à leoa. Este é um dilema ético típico.”. E um dilema e tanto! Talvez pudéssemos relativisar esse dizer dos antigos, amenizando a relação leoa-gazela com um ‘nem sempre’. O fato é que se trocarmos leoa por deputado e gazela por povo, teremos um pouco da situação que vemos hoje nas capas dos principais jornais do país: o aumento nos salários dos parlamentares.
R$ 24.600,00 x R$ 350,00 – Parlamentar x Povo!
Briga injusta!
Comecei com uma abordagem um tanto filosófica, pois lembro de um comentário que um parlamentar fez em defesa do aumento, onde ele dizia que “esse aumento moralizaria” a atuação do parlamentar. Faria com que os mesmos não busquem de outros ‘meios’ para complementar o já alto salário que recebem (em torno de R$ 12.000,00). Então, um salário ‘baixo’ se tornou justificativa para os escândalos noticiados nos últimos anos. A solução encontrada foi o aumento salarial, que alguns chamam de ‘justa equiparação com os vencimentos do Supremo’. Afinal, o que é justo? Imaginem se todos os trabalhadores se utilizassem desse mesmo pensamento, mas sem ter o ‘poder’ de aumentar os próprios salários? Isso seria justificativa para assaltos, por exemplo.
Por tanto, não posso dizer que esse aumento denota uma falta de ética dos parlamentares, nem uma imoralidade, a não ser que faça uma comparação com o que eu considero ético e moral. Eles seguem a ética deles. “Ética Profissional… onde as regras devem ser obedecidas” e eles não estão indo contra as leis vigentes, que lhes asseguram o privilégio; mesma lei que não pune os que desviam dinheiro da saúde, da educação. “Ética Econômica… onde o que importa é o capital” e isso fica claro em todo o lixo que se vê. “Ética Política… onde tudo é possível, pois em política tudo vale” e dane-se o povo!
Enquanto isso o salário mínimo faz jus ao nome, continuando mínino, abaixo dos R$ 400,00; pois se aumentar, quebra o país: essa é a moral da história!
Até quando?
Um comentário:
Ola, gostaria de convida-lo a manifestar a sua opinião no Jornal de Debates ( www.jornaldedebates.com.br ) e responder: o que podemos fazer concretamente, para reverter essa decisão que é um ultraje a todos os brasileiros? Mande sua idéia, mobilize os internautas, vamos iniciar uma discussão aberta, pública e democrática entre a esmagadora maioria que não aceita esse escândalo!
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