África e Blair
Muito interessante o artigo/comentário de Alex Vines na edição eletrônica do Mail&Guardian de ontem. Vines, que é chefe do Africa Programme da organização Chatham House em Londres, faz um panorama da política do primeiro ministro Tony Blair no que diz respeito ao continente africano.
O artigo ressalta a importância do primeiro ministro para a implementação de programas de auxílio à África e também por este trazer para a ordem do dia, de grupos como G8 e União Européia, assuntos referentes ao desenvolvimento do continente africano.
Ao analisar algumas dessas políticas, implantadas durante a gestão do primeiro ministro, não deixa de fazer uma crítica às incoerências verificadas. Cita como exemplos uma redução no número de funcionários de departamentos que trabalham ligados à África e o encerramento de missões diplomáticas em Lesoto, Madagascar e Suazilândia. Também se menciona a falta de estabilidade na liderança do departamento para África do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido (FCO - Foreign and Commonwealth Office) com uma troca constante de chefes comprometendo com isso a continuidade e a implementação de importantes trabalhos além de deixar o departamento vulnerável a questões financeiras e de pessoal.
Meu chará fala ainda sobre impactos positivos a partir do perdão ou redução das dívidas com países do G8. Cita exemplos de Uganda que dobrou o número de matriculados no ensino fundamental e fez investimentos importantes no combate à AIDS; Moçambique que investiu na imunização de crianças e Tanzânia que também investiu em educação. Mas também observa que há um certo exagero na agenda humanitária, com políticos dando maior ênfase no propósito de simples ajuda e esquecendo-se, até por comodidade, da necessidade de entender a política, a história e o contexto social do continente africano. Observação interessante, pois mostra como a visão da África, mesmo quando se pretende ajudar, ainda pode ser equivocada (quando não, falhas) uma vez que se as políticas ignoram a cultura dos países africanos, a possibilidade de não terem sucesso é grande. Alex Vine ainda expõe o despreparo dos funcionários de departamentos voltados para a África, como por exemplo, o desconhecimento de idiomas.
Um artigo interessante. Ao mesmo tempo em que elogia o engajamento de Tony Blair para com o desenvolvimento do continente africano, observa que suas políticas, apesar de indubitavelmente importantes, tiveram falhas. E espera que seu substituto no cargo, Gordon Brown, continue e melhore tais políticas. Blair fica no cargo até 27 de junho.
Muito interessante o artigo/comentário de Alex Vines na edição eletrônica do Mail&Guardian de ontem. Vines, que é chefe do Africa Programme da organização Chatham House em Londres, faz um panorama da política do primeiro ministro Tony Blair no que diz respeito ao continente africano.
O artigo ressalta a importância do primeiro ministro para a implementação de programas de auxílio à África e também por este trazer para a ordem do dia, de grupos como G8 e União Européia, assuntos referentes ao desenvolvimento do continente africano.
Ao analisar algumas dessas políticas, implantadas durante a gestão do primeiro ministro, não deixa de fazer uma crítica às incoerências verificadas. Cita como exemplos uma redução no número de funcionários de departamentos que trabalham ligados à África e o encerramento de missões diplomáticas em Lesoto, Madagascar e Suazilândia. Também se menciona a falta de estabilidade na liderança do departamento para África do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido (FCO - Foreign and Commonwealth Office) com uma troca constante de chefes comprometendo com isso a continuidade e a implementação de importantes trabalhos além de deixar o departamento vulnerável a questões financeiras e de pessoal.
Meu chará fala ainda sobre impactos positivos a partir do perdão ou redução das dívidas com países do G8. Cita exemplos de Uganda que dobrou o número de matriculados no ensino fundamental e fez investimentos importantes no combate à AIDS; Moçambique que investiu na imunização de crianças e Tanzânia que também investiu em educação. Mas também observa que há um certo exagero na agenda humanitária, com políticos dando maior ênfase no propósito de simples ajuda e esquecendo-se, até por comodidade, da necessidade de entender a política, a história e o contexto social do continente africano. Observação interessante, pois mostra como a visão da África, mesmo quando se pretende ajudar, ainda pode ser equivocada (quando não, falhas) uma vez que se as políticas ignoram a cultura dos países africanos, a possibilidade de não terem sucesso é grande. Alex Vine ainda expõe o despreparo dos funcionários de departamentos voltados para a África, como por exemplo, o desconhecimento de idiomas.
Um artigo interessante. Ao mesmo tempo em que elogia o engajamento de Tony Blair para com o desenvolvimento do continente africano, observa que suas políticas, apesar de indubitavelmente importantes, tiveram falhas. E espera que seu substituto no cargo, Gordon Brown, continue e melhore tais políticas. Blair fica no cargo até 27 de junho.
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