segunda-feira, outubro 19, 2009




Neste domingo eu recebi uma mensagem de uma amiga. Ela contava sobre uma pessoa que, confesso, até então eu não tinha ouvido falar, havia sido assassinada. A vítima da violência era alguém muito querido e próximo a um de nossos amigos em comum. Por isso a mensagem. Hoje tive oportunidade de falar com esse amigo. Não para consolá-lo. Se esse fenômeno existe, vem de dentro, de algo maior do que simples palavras. Não pedi que ele esquecesse essa tragédia, essa dor. Mas pedi e peço que ele guarde o que ficou de bom, ou pelo menos dê mais importância a isso. E use em seu benefício e de todos.

Amanhã (20/10) faz dois anos que passei (eu e minha família) por uma situação parecida. A violência que assistíamos na televisão, líamos nos jornais e sobre a qual comentávamos, como algo ficcional, distante, irreal de tão absurdo... bem, essa irrealidade se materializou de forma avassaladora. E levou alguém muito querido, que era filho, era irmão, era pai. Era meu primo.

Quando esse absurdo irreal se mostra concreto em nossas vidas é possível olhar com outros olhos as "ficções" jornalísticas, televisivas e comentadas.

Combater algo irreal é uma irrealidade. A violência não é ficção que presenciamos, que assistimos, comendo pipoca no conforto do lar. Não é algo distante que simplesmente apontamos, por vezes nem ao menos olhamos, como se fosse um direito que nos coubesse, já que "estamos do lado de cá do muro, da fronteira... da situação". Não está no passado para que possamos ler nos livros de história ou pesquisar nos arquivos, embora o enfrentamento do que se faz presente esteja justamente ligado ao entendimento do que se passou.

Primeiramente te desejo PAZ... Te desejo, PAZ!




As imagem que ilustram essa postagem são
símbolos Adinkras relacionados com a PAZ.
O primeiro, BI NKABI (ninguém deve agredir
o outro) é um símbolo de paz e harmonia, o
segundo é MPATAPO (laço de pacificação e
reconciliação) que é um símbolo da
reconciliação, da paz e pacificação .

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