terça-feira, maio 20, 2008

Arquivos "fechados": a quem interessa o silêncio?

Há algum tempo não escrevo sobre assuntos relacionados à arquivística. Vou tentar corrigir isso. Nesse post eu indico um artigo originalmente publicado na Folha de São Paulo e, digamos, "democratizado" pelo ótimo blog Arquivo de Artigos Etc. O texto é do professor de história do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos, Marco Antonio Villa.

Aborda num dado momento a questão dos arquivos da Ditadura, ainda fechados e sem muito movimento (do governo) de fato que caminhe para sua abertura. A postura do governo nessa questão parece ser a mesma que mantém para outras: foge do diálogo político; coloca-se numa posição de ofendido e injustiçado ao mero esboço de crítica (algo do qual visivelmente se esquiva)... Bem, o fato é que minha velha frase parece se adequar a tudo isso: a ignorância é uma política de Estado.

A quem interessa que a verdade, trancada nos arquivos, apareça? E a quem interessa que essa mesma verdade continue trancada? É mais cômodo criar um imaginário onde é tudo ou nada, esquerda e direita, democracia e ditadura, certo e errado. Mas o fato é que está tudo errado.

O professor Marco Antonio Villa, num curto texto, expõe alguns fatores que são, no mínimo, incômodos para àqueles que se dizem "pela democracia", tanto à esquerda como à direita (palavras que parecem mais indicar a posição física de um e outro numa mesa de um rodízio de pizza).

Onde está a arquivística nisso tudo? Simples. Na atuação política que não apenas arquivistas devem ter. No viés social, uma vez que liberdade de informação deve ser sempre resguardada.

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