Incoerências
Sim, a meu ver existem muitas incoerências nas políticas sociais. Algumas bem intencionadas. Mas outras parecem fugir por completo à realidade. Verdadeiras viagens politiqueiras. E isso não é somente na política. É só olhar ao redor que vocês verão coisas surpreendentes e curiosas, como antena de TV Digital via satélite em barracos (isso eu já vi, numa comunidade atrás da Central do Brasil, aqui no Rio). O consumismo faz dessas coisas. Uísque doze anos em copo de plástico, pessoas com carro e sem grana para o combustível, casas lindas com geladeiras vazias, roupas de grife cobrindo corpos maltratados. Como diz a música: “alguma coisa está fora da ordem”. Talvez eu seja que esteja fora da ordem… sei lá!
Nosso presidente reeleito reafirma o plano de desenvolvimento da educação, com uma série de medidas importantes, sem dúvida. Dentre elas o aumento no piso salarial do professor, que ainda será aquém do que a categoria merece; a reciclagem (lembrando que, como disse uma vez, o ideal é que isto parta do profissional, mas penso que o Estado deve sim criar condições); construção de creches, bolsas para o pós-doutorado como incentivo à manutenção dos doutores no Brasil; dentre outras. Mas uma medida que me chamou atenção, até pela forma como foi apresentada é a promessa de levar internet banda-larga a todas as escolas públicas, com o Presidente reafirmou hoje no programa Café com o Presidente. Leia aqui ou aqui.
Acesso à Internet hoje é condição essencial para que um cidadão esteja inserido na sociedade, para que participe. É necessário estar on-line para uma série de coisas. A internet como mecanismo de democratização da informação e exercício da cidadania veio para ficar, isto é fato. Mas penso que, antes de levar a internet a todas as escolas públicas brasileiras, seria interessante levar: professores e profissionais de apoio educacional; estrutura (carteiras, água, merenda escolar, material básico de aprendizagem e ensino, material de higiene e limpeza); segurança, porque não adianta uma criança ir para a escola e levar um tiro enquanto “brinca na internet”; é preciso que a escola pública esteja integrada com a sociedade; é preciso que a escola pública seja um ambiente onde educação e cultura seja levada a sério.
O que não pode é cobrir uma mesa suja, torta e esburacada, com uma toalha do mais impecável linho branco para fique apresentável aos olhos de alguns.
Sim, a meu ver existem muitas incoerências nas políticas sociais. Algumas bem intencionadas. Mas outras parecem fugir por completo à realidade. Verdadeiras viagens politiqueiras. E isso não é somente na política. É só olhar ao redor que vocês verão coisas surpreendentes e curiosas, como antena de TV Digital via satélite em barracos (isso eu já vi, numa comunidade atrás da Central do Brasil, aqui no Rio). O consumismo faz dessas coisas. Uísque doze anos em copo de plástico, pessoas com carro e sem grana para o combustível, casas lindas com geladeiras vazias, roupas de grife cobrindo corpos maltratados. Como diz a música: “alguma coisa está fora da ordem”. Talvez eu seja que esteja fora da ordem… sei lá!
Nosso presidente reeleito reafirma o plano de desenvolvimento da educação, com uma série de medidas importantes, sem dúvida. Dentre elas o aumento no piso salarial do professor, que ainda será aquém do que a categoria merece; a reciclagem (lembrando que, como disse uma vez, o ideal é que isto parta do profissional, mas penso que o Estado deve sim criar condições); construção de creches, bolsas para o pós-doutorado como incentivo à manutenção dos doutores no Brasil; dentre outras. Mas uma medida que me chamou atenção, até pela forma como foi apresentada é a promessa de levar internet banda-larga a todas as escolas públicas, com o Presidente reafirmou hoje no programa Café com o Presidente. Leia aqui ou aqui.
Acesso à Internet hoje é condição essencial para que um cidadão esteja inserido na sociedade, para que participe. É necessário estar on-line para uma série de coisas. A internet como mecanismo de democratização da informação e exercício da cidadania veio para ficar, isto é fato. Mas penso que, antes de levar a internet a todas as escolas públicas brasileiras, seria interessante levar: professores e profissionais de apoio educacional; estrutura (carteiras, água, merenda escolar, material básico de aprendizagem e ensino, material de higiene e limpeza); segurança, porque não adianta uma criança ir para a escola e levar um tiro enquanto “brinca na internet”; é preciso que a escola pública esteja integrada com a sociedade; é preciso que a escola pública seja um ambiente onde educação e cultura seja levada a sério.
O que não pode é cobrir uma mesa suja, torta e esburacada, com uma toalha do mais impecável linho branco para fique apresentável aos olhos de alguns.
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