"O que nos faz semelhantes ou mais humanos são as diferenças”
Nilma Lino Gomes
Nilma Lino Gomes
Segundo enciclopédia on-line Wikipédia… “No dia 21 de Março de 1960, ocorreu na cidade de Sharpeville, na província de Gauteng, na África do Sul, um protesto, realizado pelo Congresso Pan-Africano (PAC). O protesto pregava contra a Lei do Passe, que obrigava os negros da África do Sul a usarem um cartão, no qual estava escrito a onde eles podiam e deviam ir”…
…“Cerca de cinco mil manifestantes reuniram-se em Sharpeville, uma cidade negra nos arredores de Johannesburg, e marcharam calmamente, num protesto pacífico. A polícia sul-africana conteve o protesto com rajadas de metrelhadora. Morreram 69 negros, e cerca de 180 ficaram feridos”.
Esse triste evento chamou pela primeira vez atenção da opinião pública internacional para a questão do Apartheid e os horrores que esse regime promovia na África do Sul. Por iniciativa da ONU, a partir de então, em todo 21 de março seria comemorado o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial. Apesar dos avanços, os resquícios desse regime de segregação racial são notados ainda hoje naquele país. Ainda há um abismo social separando negros e brancos.
No Brasil, país onde alguns ainda insistem em afirmar que não há racismo, as diferenças também existem. A diversidade de nosso país é “vendida” internacionalmente como característica positiva de uma nação (o que é com certeza), porém não é “engolida” por muitos aqui. A cada olhar, a cada tratamento “diferenciado” em estabelecimentos comerciais, a cada pesquisa mostrando as diferenças salariais, outras relatando que alguns médicos não tocam em pacientes negras, a cada comentário depreciativo, a cada termo de conotação racista incorporado ao idioma… vemos que entre o 13 de Maio de 1888 e liberdade ficou faltando muita coisa, dentre elas integração, respeito e igualdade. Mas parece que igualdade e diversidade são duas palavras antagônicas em nossa sociedade.
Esse 21 de Março, assim como outras datas “comemorativas”, é simbólico. Mas é válido para reflexão. Espero que as reflexões cheguem a conclusões. E que as óbvias conclusões façam surgir ações, atitudes e mudanças.
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua
pele, por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem
aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”.
Nelson Mandelapele, por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem
aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário