Cadê u dotô?
Li numa reportagem do Globo On-line sobre uma estimativa de que 10% dos médicos do Estado sejam “fantasmas”. O cálculo é apresentado pelo “novo subsecretário de Recursos Humanos e Logística da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil, Miguel Lessa”. É um assunto no mínimo complicado de ser abordado, mas que pode ser posto, como de fato é, como um dos graves problemas do serviço de atendimento público à saúde. E não só da Cidade do Rio de Janeiro (com mais visibilidade), mas também dos demais municípios do Estado. E isso para ficar somente dentro do Estado.
Li numa reportagem do Globo On-line sobre uma estimativa de que 10% dos médicos do Estado sejam “fantasmas”. O cálculo é apresentado pelo “novo subsecretário de Recursos Humanos e Logística da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil, Miguel Lessa”. É um assunto no mínimo complicado de ser abordado, mas que pode ser posto, como de fato é, como um dos graves problemas do serviço de atendimento público à saúde. E não só da Cidade do Rio de Janeiro (com mais visibilidade), mas também dos demais municípios do Estado. E isso para ficar somente dentro do Estado.
Torna-se complicado principalmente por ser uma situação que perdura há muito tempo. Na minha humilde opinião é uma bola de neve. Os médicos não são valorizados e buscam compensar com mais horas de trabalho em outros lugares. Muitos se comportam por vezes como se estivessem fazendo um favor à população. E como o horário é apertado para as diversas atribuições eles não podem perder tempo, o que compromete o atendimento. Importante notar que a carreira foi escolhida (tá legal, em alguns casos a família fez pressão), então ele se tornou médico porque quis. Lembrem-se que existem médicos fantásticos, humanos e que honram a importância de seu ofício. Minha intenção é expor um quadro e não generalizar agredindo uma categoria. Só vou generalizar num aspecto: aqui, onde se lê médico, podemos falar se servidores públicos.
Por outro lago, a ineficácia do Estado em controlar onde o dinheiro do contribuinte é gasto, em fiscalizar a forma como seus (nossos) empregados/servidores estão atuando, torna fácil manter essa situação; agravada por uma legislação que, muitas vezes, permite o que agora resolveram combater. Sem falar na corrupção endêmica. Além disso, o Estado trata da mesma forma o mau e o bom servidor. O que contribui para que a bola de neve continue rolando montanha abaixo.
Quem sofre com isso é a população, pagando por um serviço que não lhe é prestado da forma como se espera.
Penso que falta valorizar o ser humano. O médico (e o servidor público) deve ser valorizado como um profissional e pessoa, sem demagogias. Deve ter consciência da importância de seu ofício, dos problemas que sua categoria enfrenta atualmente, mas ter em mente que fez uma opção. E o choque de gestão que muito se fala atualmente deverá encarar a situação de frente, sem temer a manifestação de alguns desses servidores, com certeza os maus, que mais têm a perder.
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