Guerra, sem Vitória, no Caminho do boi
Há muito tempo comento aqui no TUIST (combinemos, TUIST = Trocando Uma Idéia Sobre Tudo) a questão das drogas e da violência. Às vezes penso estar sendo repetitivo, por vezes tenho certeza disso... A solução é apagar esse pensamento e simplesmente escrever.
Algo que ocupou os noticiários nesta semana foi o confronto entre policiais e traficantes - população no meio - na Zona Sul do Rio de Janeiro. Mais precisamente na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana. Armamento pesado; explosões; residências (apartamentos) sendo atingidas e exibidas na TV; "barracos" e casas na comunidade com certeza também sendo atingidos, embora sem a mesma visibilidade midiática; mortos; feridos; presos; assustados; horrorizados; indignados. Uma guerra!
Essa guerra, ao contrário do que se tem no Iraque, tem outra motivação que não aquele combustível fóssil. O que move a guerra tupiniquim são as drogas. Mas nossa guerra (estamos nessa) tem alguma coisa em comum com a outra: os financiadores. Sim, eles novamente. Se comprar um barril de óleo cru não é pra qualquer um, podemos dizer o mesmo sobre manter um vício (ou consumo eventual, como diriam alguns mais descolados) de cocaína.
Como bem disse o secretário de segurança José Mariano Beltrame "Quem paga e financia isso tudo é quem consome drogas na zona sul do Rio". Se há demanda de consumo, há interesse de comércio, que gera concorrência (de um lado bandidos rivais querendo tomar, de outro, policiais querendo acabar), que pede estratégia, neste caso, bélica… e tem-se o conflito… e têm-se mortos e feridos, entre os quais ninguém se salva.
A Ladeira já foi noticiada em outra ocasião, quando uma senhora corajosa resolveu registrar o que a indignava (será que somente ela?): traficantes comercializando o produto proibido com a mesma naturalidade que vendedores de cerveja atuam na praia. E à luz do dia, provavelmente, ou melhor, certamente - ficou provado -, com o consentimento dos que deveriam coibir tal crime. Enquanto registrava com sua filmadora, ela dizia "É o fim da dignidade humana, é o fim da dignidade". Dona Vitória não está mais lá. Após prestar um serviço à sociedade, teve de ingressar no programa de proteção á testemunha. Ela tinha 80 anos!
Há muito tempo comento aqui no TUIST (combinemos, TUIST = Trocando Uma Idéia Sobre Tudo) a questão das drogas e da violência. Às vezes penso estar sendo repetitivo, por vezes tenho certeza disso... A solução é apagar esse pensamento e simplesmente escrever.
Algo que ocupou os noticiários nesta semana foi o confronto entre policiais e traficantes - população no meio - na Zona Sul do Rio de Janeiro. Mais precisamente na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana. Armamento pesado; explosões; residências (apartamentos) sendo atingidas e exibidas na TV; "barracos" e casas na comunidade com certeza também sendo atingidos, embora sem a mesma visibilidade midiática; mortos; feridos; presos; assustados; horrorizados; indignados. Uma guerra!
Essa guerra, ao contrário do que se tem no Iraque, tem outra motivação que não aquele combustível fóssil. O que move a guerra tupiniquim são as drogas. Mas nossa guerra (estamos nessa) tem alguma coisa em comum com a outra: os financiadores. Sim, eles novamente. Se comprar um barril de óleo cru não é pra qualquer um, podemos dizer o mesmo sobre manter um vício (ou consumo eventual, como diriam alguns mais descolados) de cocaína.
Como bem disse o secretário de segurança José Mariano Beltrame "Quem paga e financia isso tudo é quem consome drogas na zona sul do Rio". Se há demanda de consumo, há interesse de comércio, que gera concorrência (de um lado bandidos rivais querendo tomar, de outro, policiais querendo acabar), que pede estratégia, neste caso, bélica… e tem-se o conflito… e têm-se mortos e feridos, entre os quais ninguém se salva.
A Ladeira já foi noticiada em outra ocasião, quando uma senhora corajosa resolveu registrar o que a indignava (será que somente ela?): traficantes comercializando o produto proibido com a mesma naturalidade que vendedores de cerveja atuam na praia. E à luz do dia, provavelmente, ou melhor, certamente - ficou provado -, com o consentimento dos que deveriam coibir tal crime. Enquanto registrava com sua filmadora, ela dizia "É o fim da dignidade humana, é o fim da dignidade". Dona Vitória não está mais lá. Após prestar um serviço à sociedade, teve de ingressar no programa de proteção á testemunha. Ela tinha 80 anos!
Vamos lembrar ... Assista a reportagem do Fantástico, clicando aqui.
Deu até livro...
Como se vê, os traficantes não abandonaram o ponto após as denúncias de Dona Vitória. É compreensível. Pense como um comerciante. Você dispensaria uma loja de roupa no Shopping Rio Sul? Um lugar conhecido e perto dos consumidores que podem comprar sua mercadoria?
Haverá ainda Vitória para os que trilham o caminho do boi?
Um pouco História
Haverá ainda Vitória para os que trilham o caminho do boi?
Um pouco História
Ladeira dos Tabajaras - Em meados do século XIX, D. Pedro costumava passar por uma trilha conhecida como “caminho do boi” para encurtar o percurso entre o Jardim Botânico e a região litorânea. Por obra de José Martins Barroso, em 1855, a trilha logo se transformou na primeira estrada de meia rodagem ligando os bairros de Copacabana e Botafogo. Em homenagem ao seu fundador, o caminho passou a se chamar Ladeira do Barroso. Apenas 62 anos mais tarde é que o nome Ladeira dos Tabajaras veio a ser adotado, como uma homenagem aos índios Tabajaras. Essa tribo vinda do nordeste, habitava os morros de São João e da Saudade, ambos cortados pela Ladeira.
Fonte: http://www.amabairropeixoto.com.br/historia.htm, acessado em 28/03/2009
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