domingo, outubro 19, 2008

Edifício D. João, um dos símbolos do abandono

Outro dia estava eu aguardando a van na Praça Mauá e olhando para um edifício antigo e muito bonito que ali fica. Há tempos admiro o prédio, tanto por sua beleza como por seu estado de degradação e abandono. Não pude deixar de pensar que combinava com o entorno, a praça abandonada e servindo de moradia para muitos que ali fazem suas necessidades, acendem fogueiras, dormem e estendem suas roupas para secar; é também palco de prostitutas, exploradores, marginais, bêbados e camelôs do pior tipo (furtam energia elétrica, jogam e queimam lixo no mesmo espaço que ocupam irregularmente).
Tudo isso sob o olhar do Estado que ali se faz presente de várias formas (temos o prédio das Polícias Civil e Federal, e rondas de Guardas Municipais e da Polícia Miliar). Além disso temos o Porto onde desembarcam passageiros dos grandes transatlânticos com turistas que recebem tais imagens (e o cheiro e a insegurança) ao chegarem à Cidade Maravilhosa. Claro, há outros que parecem vir visitar o ambiente de degradação e prostituição. Temos também o Centro Financeiro do Rio de Janeiro, com edifícios imponentes como o RB1 abrigando empresas do mais alto porte.

Em suma, sobram razões para que o Estado (Prefeitura, Governo Estadual e Federal) e outras instituições e pessoas descruzem os braços e se importem mais com essa área de tão grande valor e tão pouco valorizada.

Área esta que abriga o Edifício Príncipe D. João, que já foi motivo de manifestação em prol de sua recuperação e até agora nada. Leiam a matéria "Edifício Príncipe Dom João: um patrimônio ameaçado" na edição de Setembro/2007 da Revista Papel do Guia (página 12).




Nenhum comentário:

A menina no mercado

Havia uma menina no mercado. Devia ter uns 12 anos. Talvez menos. Estava atrás de mim no caixa. Tinha dois pacotes de macarrão instantâneo n...