quinta-feira, fevereiro 26, 2009

- Vai fazer hora-extra?
- Claro!

- Tá doido! Ou corre o risco de ficar. É o que revela uma pesquisa publicada no Americam Journal of Epidemiology (clique aqui para ler o artigo em inglês).

Eis algo fácil de perceber. É só prestar atenção nas pessoas para as quais o trabalho ou necessidade de trabalhar vai além da necessidade de pagar as contas, de se dignificar como ser humano ou simplesmente exercer atividade laboral. Parece ficar na simples "necessidade". Horas e mais horas-extras podem sim ter impacto negativo mesmo na produtividade. Para os que pensam ser esta afirmação paradoxal, pensem nos seguintes riscos à produção: estresse, doenças ocupacionais, falhas ou até acidentes causados pela fadiga, infelicidade.

Num trecho do livro Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e étiva, o professor Mario Sergio Cortella lembra "Por que muitas vezes a idéia de trabalho é associada a castigo, fardo, provação? Do ponto de vista etimológico, a palavra "trabalho" (assim como em francês, espanhol e italiano) tem origem no vocábulo latino tripalium, que era um instrumento de tortura, ou seja, três paus entrecruzados para serem colocados no pescoço de alguém e nele produzir desconforto". Parece coisa de masoquista. Ou doido!

O Jornal do Brasil, a respeito deste assunto, traz uma matéria interessante intitulada Pesquisa comprova que trabalhar demais leva à demência.

Uma pesquisa liderada por cientistas finlandeses sugere que excesso de trabalho pode aumentar o risco de declínio mental e, possivelmente, de demência. Demência é um termo genérico que descreve a deterioração de funções como memória, linguagem, orientação e julgamento. Existem vários tipos de demência, mas o mal de Alzheimer, com dois terços dos casos, é a forma mais comum.

Leiam na íntegra e bom descanso!

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