U g a n d a
Recentemente assisti ao “O Último rei da Escócia”, filme sobre as experiências de um médico escocês na Uganda governada pelo ditador Idi Amin. É um filme forte, que mostra a África sob o ponto de vista de um escocês de classe média alta, médico, jovem inexperiente em busca de aventura. Exibe, sem retoques, a sujeição e sofrimento de um povo com os caprichos de um ditador que inicialmente se mostra populista e democrático, mas aos poucos manifesta toda sua brutalidade e intolerância. Vê-se covardia e coragem, ética e corrupção, miséria e ostentação, vida e, principalmente, morte. Leia crítica de Pedro Vilaça no Cinema em Cena.
Algo que pode passar despercebido aos olhos de muitos é o que chamo de construção do fenômeno. Como pôde surgir um ditador como Idi Amin? Não por acaso, com certeza. Como pôde haver tanto sofrimento e morte sem que o mundo agisse? Pergunto isso, pois a intervenção com o propósito de salvar um povo e garantir a democracia de um país é algo bastante comum, parece moda. Por que não em Uganda com seus 300.000 mortos? Por que não em Ruanda, com aproximadamente um milhão de mortos em 12 semanas? Sobre este último eu espero escrever em breve.
Mas voltando ao filme. Como disse, para alguns fica a impressão da ditadura pela ditadura, pois conflitos na África são um tanto banalizados hoje em dia, assim como atentados suicidas no Oriente Médio, talvez mais, pois este último possui maior espaço na mídia e maior notoriedade internacional… Petróleo! A África (a negra ou subsaariana, para ser mais específico) parece esquecida. Assistam ao filme, mas não deixem de refletir. Busquem conhecer mais para ter uma visão crítica.
Também gostaria de indicar a matéria de Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa na revista Carta Capital, intitulada “A África volta ao mapa”. Nessa matéria ele aborda a recente atuação da China no continente africano, com investimentos e interesses necessários ao crescimento chinês, mas que também tendem a propiciar crescimento local. Faz um paralelo com a atuação dos EUA e do Banco Mundial e suas políticas intervencionistas. E, igualmente interessante, traça um panorama histórico-político de tais intervenções e suas conseqüências desastrosas (algumas bem recentes) e da relação entre África e o resto do Mundo após a Guerra Fria. Clique aqui. Caso não esteja mais disponível, me mandem um e-mail que lhes encaminho.
Algo que pode passar despercebido aos olhos de muitos é o que chamo de construção do fenômeno. Como pôde surgir um ditador como Idi Amin? Não por acaso, com certeza. Como pôde haver tanto sofrimento e morte sem que o mundo agisse? Pergunto isso, pois a intervenção com o propósito de salvar um povo e garantir a democracia de um país é algo bastante comum, parece moda. Por que não em Uganda com seus 300.000 mortos? Por que não em Ruanda, com aproximadamente um milhão de mortos em 12 semanas? Sobre este último eu espero escrever em breve.
Mas voltando ao filme. Como disse, para alguns fica a impressão da ditadura pela ditadura, pois conflitos na África são um tanto banalizados hoje em dia, assim como atentados suicidas no Oriente Médio, talvez mais, pois este último possui maior espaço na mídia e maior notoriedade internacional… Petróleo! A África (a negra ou subsaariana, para ser mais específico) parece esquecida. Assistam ao filme, mas não deixem de refletir. Busquem conhecer mais para ter uma visão crítica.
Também gostaria de indicar a matéria de Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa na revista Carta Capital, intitulada “A África volta ao mapa”. Nessa matéria ele aborda a recente atuação da China no continente africano, com investimentos e interesses necessários ao crescimento chinês, mas que também tendem a propiciar crescimento local. Faz um paralelo com a atuação dos EUA e do Banco Mundial e suas políticas intervencionistas. E, igualmente interessante, traça um panorama histórico-político de tais intervenções e suas conseqüências desastrosas (algumas bem recentes) e da relação entre África e o resto do Mundo após a Guerra Fria. Clique aqui. Caso não esteja mais disponível, me mandem um e-mail que lhes encaminho.
"Pela primeira vez na história, temos o dinheiro e o know-how
tecnológico necessários para resolver os problemas da África.
Mas será que temos a vontade?"
- Paul David Hewson (mais conhecido com Bono Vox)
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