terça-feira, agosto 20, 2013

Os mitos da felicidade



Na semana passada a "Palavra do Dia", serviço oferecido pelo Aulete Digital, teve como tema "Os mitos da felicidade". Achei bastante interessante e resolvi compartilhar aqui no TUIST. Em conversa recente sobre "isso" eu comentei que o conceito de felicidade é algo bem pessoal. Cada um é feliz a sua maneira, no seu momento, na sua intensidade. Pessoalmente não creio que a condição "feliz" seja algo permanente. O ser humano, por natureza, é inconstante. E essa inconstância penso que se reflete nos seus sentimentos. Nessa mesma conversa comentei que fiquei feliz ontem quando, indo para casa, olhei para o céu e vi a Lua, cheia, linda. Os atos de gentileza, os sorrisos, as boas conversas. Coisas simples...

Mito
Um mito é uma crença popular ou tradição que se desenvolvem em torno de algo ou alguém. Em “Os mitos da felicidade”, a autora, Sonja Lyubomirsky, trata de desconstruir as crenças de que determinadas conquistas da vida adulta, como o casamento, ou o emprego dos sonhos, por exemplo, nos deixarão felizes para sempre. A autora também desmistifica a crença de que certos fracassos, como problemas de saúde ou financeiros, nos deixarão infelizes para sempre. Dentre os mitos desmistificados pela escritora estão a noção de que “eu serei feliz quando...” e “não poderei ser feliz se...”.

Hedonismo
De acordo com a psicologia, o hedonismo é uma teoria segundo a qual o comportamento humano seria motivado pela busca do prazer e a tentativa de evitar o desprazer. Em “Os mitos da  felicidade”, a autora aborda um conceito científico conhecido como ‘adaptação hedonista’, ou seja, a capacidade que os seres humanos têm de se acostumar com a maioria das mudanças da vida. Esse conceito também explica por que a alegria da vitória e a tristeza das derrotas diminuem com o tempo.

Expectativa
A expectativa é uma espera ansiosa de algum acontecimento promissor. Em seu livro, “Os mitos da felicidade”, a autora convida o leitor a entender se suas expectativas são realistas ou se ele está sendo exigente demais no casamento ou na sua atuação como pai ou mãe, por exemplo. A autora explica ainda que, conforme o ser humano se acostuma com as mudanças positivas do seu dia a dia, suas expectativas tendem a aumentar e muitas vezes se tornam excessivas. Assim, ela mostra a importância de se avaliar os objetivos e sonhos de maneira realista e otimista, de forma a aprender com as dificuldades.

Cognição
A cognição é o conjunto dos processos da mente envolvidos na percepção, na representação, no pensamento, nas associações e nas lembranças. Em “Os mitos da felicidade”,  a autora apresenta a psicologia cognitiva, que estuda o que há por trás de cada comportamento. Os psicólogos cognitivos usam o termo ‘rede semântica’ para se referir às ligações que há entre nossas memórias e pensamentos. Assim, a autora aborda a forma como alguns estados, como a desilusão no casamento, por exemplo, podem estar interligados a uma rede de memórias negativas e suposições pessimistas. A psicologia cognitiva trabalha de forma a infundir na rede semântica emoções positivas que enfraquecerão as conexões entre as memórias e os pensamentos negativos.

Prognóstico
Um prognóstico é uma suposição sobre processos ou resultados futuros baseada nas condições vigentes e em um esperado desempenho dos fatores atuantes. Em “Os mitos da felicidade”, a autora sugere que nós reexaminemos os prognósticos sobre o que pode acontecer no nosso emprego atual, de forma a aprendermos a repensar e contestar os prognósticos negativos. Assim, a autora nos convida a pensar positivamente sobre o futuro, pois só assim saberemos se nossa experiência no emprego atual é verdadeiramente desprezível ou razoável.

Intuição
A intuição é uma forma de conhecimento imediato, independente de qualquer processo de raciocínio. Assim, de acordo com a autora de “Os mitos da felicidade”, nosso sistema intuitivo se vale, normalmente, de atalhos mentais rápidos e superficiais ou de regras gerais. Equivocadamente, os julgamentos intuitivos são interpretados como premissas ou fatos consumados, pois parecem emergir de maneira espontânea. Portanto, as reações iniciais aos momentos críticos estão contaminadas por nossa parcialidade intuitiva.

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