Intelectual, profissional, sentimental, emocional… gastronômico e
etílico. Já entenderão.
É isso aí. Estive em São Paulo. Gosto daquela cidade e, depois de algum
tempo, retornei. Semana passada. Viagem curta. De ônibus. Rio-Sampa segunda à
tarde, Sampa-Rio na madrugada de quarta chegando aqui pela manhã.
O objetivo: treinamento de ECM Practitioner. Comecemos por isso.
Excelente localização em plena Avenida Paulista. Estrutura ótima. Turma diversa
e com atuação na área. Um ótimo networking. Instrutor reconhecido
internacionalmente e com ótima didática e senso de humor. Nota 10, perfeito.
Sobre o treinamento especificamente creio que cabe um post separado. Logo, por
enquanto, é só. De qualquer modo, esse treinamento (com um custo considerável) representa muito no que diz repeito a minha formação, principalmente se considerar que poderei obter uma certificação internacional na área da informação. Intelectual, profissional!
Tinha outras duas intenções com essa viagem. A primeira era de rever
velhos colegas. Quando se trabalha numa mesma empresa por mais de uma década,
cria-se uma empatia. E foi um bom reencontro. As coisas seguiram seus caminhos,
estão todos bem à sua maneira. E, considerando que não os via há, pelo menos,
cinco anos, foi interessante também para fazer uma recapitulação de minha própria
vida enquanto profissional, colega de trabalho. Pode parecer pieguice, mas hoje
não vejo como um exagero dizer que o ambiente de trabalho (rotina, colegas,
erros e acertos…) faz parte na nossa história de vida. Foram mais de dez anos
de convivência que fazem parte do que eu sou hoje, não apenas como
profissional, mas como pessoa. Sentimental, emocional!
São Paulo é uma cidade onde não faltam opções. A Avenida Paulista é um
lugar realmente incrível, com toda aquela diversidade, a correria, a
modernidade, a cultura. É uma região que me encanta. Mas, eu tinha outros
objetivos e, por isso, encarei o metrô paulistano na hora do rush. Depois de
uma caminhada para passar o tempo, desci na estação Consolação pouco antes das
sete da noite. Uma multidão seguindo para o descanso do lar. Consegui um mapa
com um funcionário do metrô e comecei a estudar qual rumo tomar, pois o destino
ficava longe dali e era a primeira vez que me aventurava naquela região. A
melhor opção foi a linha Amarela (a mais nova, creio eu). Nunca vi tanta gente
seguindo para o mesmo local. Não me intimidei. Poucas estações até uma que
integrasse com outra linha, a Azul. Estação da Luz. Já em no outro metrô eu
segui até a estação final, Tucuruvi. Para temperar esse mergulho no cotidiano
paulistano, houve um problema na linha e o metrô parou durante um bom tempo e,
quando seguia, era numa velocidade bem baixa. O metrô de Sampa funciona muito
bem, ainda mais considerando tanta demanda, e o problema, claro, foi algo
extraordinário que coincidiu com minha aventura pós-treinamento.
Chegando ao fim da linha, estação Tucuruvi, saio, atravesso a rua e
tomo um táxi Em dez minutos estou no destino. Restaurante Mocotó!
O restaurante foi tema de uma reportagem na televisão há alguns meses.
Com uma história muito interessante (leiam no site) e uma gastronomia prá lá de
atraente, passou a ser meu sonho de consumo. Este, pelo menos, eu pude
realizar. E me realizar. Chegando, o primeiro passo foi conseguir uma mesa.
Estava lotado. O atendente anotou meu nome e fui para o balcão. Pedi uma
cerveja para esperar pacientemente uma vaga. Não demorou muito. Me indicaram o
lugar, sentei e passei a estudar o cardápio. Na verdade já conhecia, tanto da
reportagem como de algumas visitas no site. Mas do balcão até aquele momento eu
não deixei de analisar os pedidos dos demais clientes. Resolvi começar com o
carro-chefe: o mocotó. Simplesmente incrível. Apresentação, cheiro, sabor.
Perfeito.
Nesse ponto, aproveitei para atingir outro objetivo. E, claro,
incrementar o paladar. Pedi uma cachaça. Não uma simples cachaça, mas uma WeberHaus. Eleita a melhor do Brasil num ranking de 2012. O pedido certo, no lugar
certo. Não me arrependi.
A degustação não terminou com o mocotó. Não resisti em provar o bolinho
de abóbora com carne-seca. Depois pedi uma carne-de-sol assada que é servida com
manteiga-de-garrafa, alho assado, pimenta biquinho e chips de mandioca. Sim,
cometi o pecado da gula. Mas foi um pecado delicioso a cada mordida. E claro,
outra cerveja foi pedida, assim como outra dose de Weber Haus. Gastronômico,
etílico!
A noite no restaurante Mocotó fechou com um delicioso sorvete de rapadura.
Já satisfeito, pedi três coisas ao garçom. Uma garrafa de Weber Haus
(não encontrei aqui no Rio), a conta e um táxi.
Conta paga, cachaça acondicionada (no paladar, no organismo e na
bolsa), subi no táxi e segui para a Rodoviária do Tietê. Sampa-Rio em ônibus
leito pela madrugada.
Resumo: ótima viagem e objetivos atingidos com sucesso.
2 comentários:
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