Minhas desculpas ao Leandro
Recentemente recebi de um amigo uma indicação de vídeo. Não posso dizer que fiquei espantado com o conteúdo. Creio que o primeiro sentimento foi de indignação. Depois, ou ao mesmo tempo, senti certa vergonha, misturada com perplexidade ao pensar a situação mais amplamente. Em cena está o até então desconhecido Leandro com dos homens públicos bem conhecidos, o Presidente do Brasil, Luiz da Silva e o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Vamos aos homens públicos. Esses senhores são muito bem vistos pela maioria da população, segundo as pesquisas. O primeiro, inclusive, vive quebrando os próprios recordes de popularidade como "nunca antes nesse país...". Ambos também tentam ser reeleitos. O segundo é de fato. O primeiro, "por tabela", uma vez que a candidata de seu partido e sua candidata está bem cotada nas pesquisas principalmente por ser instrumento de continuidade. Fora isso, não tenho muito a acrescentar. Ambos são o que são. Fazem parte do que fazem. E, ainda segundo as pesquisas, talvez consigam o que pretendem.
Quanto ao Leandro. Bem, pelo que li tinha 17 anos na época em que registrou a cena. E cobra até hoje uma promessa feita por um daqueles homens públicos. No curto vídeo, eu visualizo Leandro como sendo a personificação de uma população que olhar crítico e atenta a suas próprias demandas (um sonho) e os dois senhores personificam o Estado atual das coisas.
Mas antes do vídeo eu gostaria de explicar o título desta postagem. Peço, sim, desculpas ao Leandro, pois sou uma das pessoas (um entre milhões) que pagam aqueles homens públicos. Eu não os contratei, não assinei a contratação deles. Nessa empresa chamada Brasil existe democracia e o voto da maioria venceu. Mas meu trabalho ajuda a mantê-los onde estão. Peço desculpas, pois os meus (e seus) funcionários não poderiam ter lhe tratado daquela forma. A atribuição de seus cargos não deixa margem para ofensas a quem eles devem servir. Isso mesmo, SERVIR. São servidores públicos! Juro que tentei despedir o primeiro uma vez, há quatro anos, e não consegui. Farei minha parte para que o segundo não continue no cargo por mais quatro anos. Isso eu lhe prometo. É o mínimo que eu posso fazer. Ah, Leandro, você também pode ajudar. Você faz parte dessa empresa e tem o poder do VOTO.
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