O voto consciente (?)
No último domingo o jornal O Globo publicou uma matéria sobre como os jovens lidam com a questão do voto. E qual o critério que utilizam no uso dessa "ferramenta" da cidadania. O título era "Ações do documento Programas sociais levam jovens às urnas, mas apatia ainda domina". Leia aqui.
Não posso dizer que fiquei impressionado, sendo o teor da matéria uma confirmação do que observo há muito tempo. O voto é usado para escolher alguém que ajude e não alguém que governe, que administre. A diferença básica está no imediatismo cego da primeira escolha.
O triste nessa história toda é perceber que o futuro para esses jovens não é um sonho a ser construído, a ser perseguido. O futuro consiste num problema a ser revolvido. A consciência política dos jovens se resume em saber quem garantirá a continuidade de sua situação. Parece ser uma questão de comodidade. O problema, nesse contexto, seria uma mudança.
A família de um dos jovens entrevistados recebe o Bolsa Família há cinco anos! Isso mostra que, pelo menos para essa família (para quantas outras mais?), o programa do Governo Federal não foi um mecanismo de mudança social. Ao contrário, o programa cria condições para manter aquele status.
Mas é compreensível. Sei como é ter como horizonte possível a refeição do dia seguinte. Nessa realidade, o voto não é ferramenta para exercício da cidadania. É o modo de resolver uma questão imediata, prática.
Um artigo publicado hoje no site do Estadão talvez ajude na compreensão desse fenômeno. Trata-se de uma entrevista com George Lakoff, neurolinguista de uma Universidade estadunidense que defende que o voto não é decisão racional. Diz que é uma decisão subjetiva. Leia aqui.
É o resultado de algo cruel. É uma espécie de Síndrome de Estocolmo na consciência política. E os sequestradores são agraciados nas urnas. Isso é o que se pode chamar de política de dominação, e muito bem orquestrada. É triste.
No último domingo o jornal O Globo publicou uma matéria sobre como os jovens lidam com a questão do voto. E qual o critério que utilizam no uso dessa "ferramenta" da cidadania. O título era "Ações do documento Programas sociais levam jovens às urnas, mas apatia ainda domina". Leia aqui.
Não posso dizer que fiquei impressionado, sendo o teor da matéria uma confirmação do que observo há muito tempo. O voto é usado para escolher alguém que ajude e não alguém que governe, que administre. A diferença básica está no imediatismo cego da primeira escolha.
O triste nessa história toda é perceber que o futuro para esses jovens não é um sonho a ser construído, a ser perseguido. O futuro consiste num problema a ser revolvido. A consciência política dos jovens se resume em saber quem garantirá a continuidade de sua situação. Parece ser uma questão de comodidade. O problema, nesse contexto, seria uma mudança.
A família de um dos jovens entrevistados recebe o Bolsa Família há cinco anos! Isso mostra que, pelo menos para essa família (para quantas outras mais?), o programa do Governo Federal não foi um mecanismo de mudança social. Ao contrário, o programa cria condições para manter aquele status.
Mas é compreensível. Sei como é ter como horizonte possível a refeição do dia seguinte. Nessa realidade, o voto não é ferramenta para exercício da cidadania. É o modo de resolver uma questão imediata, prática.
Um artigo publicado hoje no site do Estadão talvez ajude na compreensão desse fenômeno. Trata-se de uma entrevista com George Lakoff, neurolinguista de uma Universidade estadunidense que defende que o voto não é decisão racional. Diz que é uma decisão subjetiva. Leia aqui.
É o resultado de algo cruel. É uma espécie de Síndrome de Estocolmo na consciência política. E os sequestradores são agraciados nas urnas. Isso é o que se pode chamar de política de dominação, e muito bem orquestrada. É triste.
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