Barreias ao Acesso
Já comentei com algumas pessoas sobre minha percepção da receptividade na Biblioteca Nacional e no Real Gabinete Português de Leitura. Na primeira instituição, tive a impressão de que partem do princípio do “culpado até que prove a inocência” (ou até que saia do recinto). Cheguei a ficar constrangido com esse “esquema de segurança”. Essa impressão se agravou quando, pouco tempo depois, pude comparar com outra grande instituição, o Real Gabinete. Neste, me senti em casa, à vontade, senti que minha presença ali era o que a instituição (e os que ali trabalhavam) esperavam, era algo normal. Afinal, o que é uma biblioteca sem os seus frequentadores, leitores, pesquisadores?
Quando se fala em acesso à informação, pouco se fala na relação interpessoal inerente, muitas vezes, nesse acesso. Esse aspecto, por vezes, é ignorado nas políticas de Preservação do acervo. A antipatia e o preconceito, além da má vontade, se tornam ferramentas de conservação.
É preciso que se entenda que o usuário não solicita o acesso como um favor. O acesso é um direito!
O cerceamento ao direito de acesso á informação não se dá apenas nos atos oficiais e oficiosos dos governos. Acontece no cotidiano, em instituições de arquivo, bibliotecas e tantas outras. E é pratica por pessoas comuns nas funções de atendentes (que não sabem atender), seguranças e vigias (sem preparo para lidar com outro ser humano) e outras atividades, sendo estrategicamente posicionais para dificultar o acesso. Funcionam melhor que quaisquer leis restritivas de nossos direitos.
A inspiração para esta postagem surgiu recentemente em uma visita ao Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. Na foto abaixo, poderão ver os arames farpados que cercam a instituição pública. Tenham certeza de uma coisa: o arame não é a única barreira ao acesso.
Já comentei com algumas pessoas sobre minha percepção da receptividade na Biblioteca Nacional e no Real Gabinete Português de Leitura. Na primeira instituição, tive a impressão de que partem do princípio do “culpado até que prove a inocência” (ou até que saia do recinto). Cheguei a ficar constrangido com esse “esquema de segurança”. Essa impressão se agravou quando, pouco tempo depois, pude comparar com outra grande instituição, o Real Gabinete. Neste, me senti em casa, à vontade, senti que minha presença ali era o que a instituição (e os que ali trabalhavam) esperavam, era algo normal. Afinal, o que é uma biblioteca sem os seus frequentadores, leitores, pesquisadores?
Quando se fala em acesso à informação, pouco se fala na relação interpessoal inerente, muitas vezes, nesse acesso. Esse aspecto, por vezes, é ignorado nas políticas de Preservação do acervo. A antipatia e o preconceito, além da má vontade, se tornam ferramentas de conservação.
É preciso que se entenda que o usuário não solicita o acesso como um favor. O acesso é um direito!
O cerceamento ao direito de acesso á informação não se dá apenas nos atos oficiais e oficiosos dos governos. Acontece no cotidiano, em instituições de arquivo, bibliotecas e tantas outras. E é pratica por pessoas comuns nas funções de atendentes (que não sabem atender), seguranças e vigias (sem preparo para lidar com outro ser humano) e outras atividades, sendo estrategicamente posicionais para dificultar o acesso. Funcionam melhor que quaisquer leis restritivas de nossos direitos.
A inspiração para esta postagem surgiu recentemente em uma visita ao Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. Na foto abaixo, poderão ver os arames farpados que cercam a instituição pública. Tenham certeza de uma coisa: o arame não é a única barreira ao acesso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário