Uma vez li um artigo sobre o governo estadunidense e sua relação com arquivos com restrições de acesso. Tais documentos estavam – ou esperava-se que estivessem – classificados como, por exemplo, secreto, ultrassecreto, etc. Bem, alguém, que não me recordo no momento, tentava localizar algum tipo de informação que, passado anos, já deveria ter seu acesso mais, digamos, democratizado.
Esse pesquisador, procurando por informação secreta, não logrou sucesso. Nada foi encontrado.
Qual foi a tática do governo para manter uma informação secreta, mesmo depois de prescrito o prazo para que tal informação permanecesse com essa classificação?
Simples. A informação procurada não foi classificada. Para todos os efeitos, ela não existia.
Logo, o governo poderia dizer ao pesquisador: a informação secreta que você procura não existe!
Lembrei-me dessa história após ler declaração recente do Luiz da Silva a respeito dos arquivos da ditadura. Leia aqui. São muitos os interesses na abertura desses arquivos. Igualmente numerosos são aqueles contrários.