domingo, agosto 31, 2008

Hoje é dia do... Blog


Blog Day 2008



Isso mesmo. Descobri agora. Dia 31 de Agosto é tido internacionalmente como o Dia do Blog, o BlogDay. Um dia para blogueiros, como este que vos escreve, postarem de forma a divulgar (e conhecer) outros blogs. A idéia é ótima. O interessante é que, por coincidência, estava aqui visitando alguns blogs de Angola e outros tantos que não visitava há algum tempo, e fazia tempo que não escrevia (estava terminando a monografia). Pois bem, abaixo listo alguns de blogs que costumo visitar. Convido a todos a visitarem os "colegas de ofício".



Pululu (Eugênio Almeida)

Minha Senzala (Árthemis e JotaCê Carranca)

Alto Hama (Orlando Castro)

Angola, Debates & Ideias (Gociante Patissa)

Liberal, Libertário, Libertino (Alex Castro)





Um clipe-desabafo

O clipe abaixo, pelo pouco que consegui de informações, traz uma música que foi proibida em Angola. Tirando os aspectos de violência de um lado e considerando a questão da censura de outro, resolvi publicar aqui. É um ponto de vista, uma postura (política), um pensamento. Consideramos todos.

sábado, agosto 16, 2008

A negação do Brasil

Os colegas da AldeiaGrio democratizaram, via Youtube, A Negação do Brasil, documentário de Joel Zito vencedor de prêmios como o Concurso Nacional de Projetos de Documentários do Ministério da Cultura em 1999 (Roteiro); Melhor Documentário, Melhor Pesquisa e Premio Quanta da Competição Brasileira do É TUDO VERDADE - 6º Festival Internacional de Documentários - 2001. SP-RJ; Troféu especial "Gilberto Freire de Cinema" e Troféu de "Melhor Roteiro de Documentário" do 5º Festival de Cinema do Recife - 2001. O livro de mesmo nome está disponível em parte no Google Books.

O documentário é uma viagem na história da telenovela no Brasil e particularmente uma análise do papel nelas atribuído aos atores negros, que sempre representam personagens mais estereotipados e negativos. Baseado em suas memórias e em fortes evidências de pesquisas, o diretor aponta as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros e faz um manifesto pela incorporação positiva do negro nas imagens televisivas do país.

Está dividido em oito partes. Abaixo, esta a primeira delas e os links para as demais.

terça-feira, agosto 12, 2008

Anistia, Tortura, Hipocrisia e outras verdades

Embora não esteja tão antenado no assunto, sempre fiquei incomodado com esse acordão histórico feito entre os que um dia estiveram no poder e os que lutaram por uma mudança à época. Não posso dizer que de um lado estavam os militares, pois estaria generalizando, reduzindo a uma categoria os componentes de tal lado. Isso porque civis também estavam lá, participando, ativamente, na construção de algo hoje tão criticado (mas também defendido, por alguns). Também não poderia aqui dizer que os do outro lado eram de esquerda (expressão tão ambígua hoje e, talvez, sempre). Lá estavam estudantes, artistas, intelectuais, jornalistas, e outras tantas pessoas que, unidas ou em ações isoladas, tentaram combater o regime, lutando por direito quando só o dever interessava aos que no poder estavam. Crimes foram cometidos, de ambos os lados. Isso é fato.

Pensei, por que, quando se tem consciência dos fatos e a possibilidade de julgar os atos, faz-se silêncio. Por que, quando após o pesadelo a sociedade parece despertar, o que se acorda é a leniência com ambos os lados, indenizações e pensões vultosas, silêncio, silêncio, silêncio.

Mas se para uns é cômodo, para outros não ou nem tanto. A linha que separa a comodidade e a lembrança indignada é tão tênue e instável com não deveria deixar de ser, pois está presente nas relações humanas. As mesmas relações que nos permitem hoje observar representantes de ambos os lados, lado a lado, decidindo o rumo deste país que não seria o mesmo sem as mazelas de um passado não muito distante.

Lá estão pessoas que atuaram de forma direta e ativa, na linha de frente mesmo, quando se escreveu um dos mais marcantes capítulos da história do Brasil. Perdão, resignação, esquecimento? Que tal interesse? Sei lá!

Um grita "pela vida e pela paz, tortura nunca mais!", o outro “... terrorista nunca mais!". Há um pouco de verdade e mentira em ambos os protestos. Mas são as verdades de cada um. Quem matou o jovem de 15 anos? Quem o outro jovem de 17? Questões, perguntas, como tantas outras feitas ou por fazer. "Eles são comunistas!", "E o senhor é fascista!". Nada mais que palavras. E no fim, quem sabe, as verdades mais verdadeiras apareçam, com as máscaras sendo desfeitas, o coração falando, mesmo que em sua dureza, mas de forma espontânea, natural, cruel. No fim, quem sabe se inicia algo.

O vídeo a seguir é um reflexo da revisão da Lei de Anistia. Vejam lá milicos no conforto de suas aposentadorias e no desconforto de sua história; pessoas que viveram direta ou indiretamente os males de algo passado, mas que ficou, marcou; pessoas que leram, ouviram, perceberam algo e, com isso, assumiram suas posições num dos lados; gargantas, braços, olhares, palavras e silêncios. Vejam lá, pelo fim do vídeo, certo deputado federal, "militante" ativo num dos lados, faz uma declaração nada adequada, mas que serve para que saibamos com quem se lida. Neste caso, repito, num dos lados. Do outro, se fez, e muito, mas pouco se fala. Ouçamos, sempre que possível, a ambos.



Que sirva pelos menos para reflexão.

domingo, agosto 10, 2008

Isaac Hayes

Creio que a primeira vez que ouvi uma música de Isaac Hayes foi no filme Shaft, a versão estrela por Samuel L. Jackson. O "reencontro", alguns anos depois, foi no incrível Wattstax. Voz, presença de palco, imagem, força... uma figura marcante que deixou sua contribuição para música. Hayes morreu hoje, aos 65 anos.



Black man, born free
At least that's the way it's supposed to be
Chains that binds him are hard to see
Unless you take this walk with me

Place where he lives is God plenty of names
Slums, ghetto and black belt, they are one and the same
And I call it “Soulsville"

Any kind of job is hard to find
That means an increase in the welfare line
Crime rate is rising too
If you are hungry, what would you do?

Rent is two months past due and the building that's falling apart
Little boy needs a pair of shoes and this is only a part of Soulsville

Some of the brothers' got plenty of cash
Tricks on the corner, gonna see to that
Some like to smoke and some like to blow
Some are even strung out on a fifty dollar Jones

Some are trying to ditch reality by getting so high
Only to find out you can never touch the sky
'Cause your hoods are in Soulsville, oh yeah

Every Sunday morning, I can hear the old sisters say
“Hallelujah, Hallelujah, trust in the Lord to make a way, oh yeah
I hope that He hear their prayers 'cause deep in their souls they believe
Someday He'll put an end to all this misery that we have in Soulsville
Oh yeah, Soulsville, Soulsville, Soulsville, Soulsville, Soulsville

sexta-feira, agosto 08, 2008

Por eleições limpas

A propósito da decisão do nosso Supremo Tribunal Federal em liberar a candidatura de pessoas que respondem a processo ou, no popular, que têm a ficha suja, gostaria de externar meu descontentamento. Estando tudo no âmbito jurídico, ora, por que então não julgam e decidem se fulano é ou não inocente e, com isso, apto a assumir cargo público? Por que então, na dúvida e seguindo o nobre princípio da presunção de inocência, permitem que determinadas pessoas assumam postos em prefeituras, governos estaduais e federais para, depois, apresentarem mais uma brecha jurídica ou usarem da técnica hermenêutica tão característica para, numa interpretação que soa viciada, manter o indivíduo, mesmo com culpa provada ou indiciada, no cargo?

Vejo nisso uma triste leniência com um mal que a Corte maior deveria, com seu poder e sua competência, combater.

Um detalhe me veio à mente quando do início desta discussão com o propósito de saber se é ou não permitida a impugnação de candidatura nos casos de ilicitudes por serem julgadas/verificadas. Trata-se de outro concurso público. Sim, pois o processo eleitoral, grosso modo, é um concurso para que um candidato assuma um posto para o qual não cabe indicação direta.

Trabalho num grupo que, embora tido como empresa pública, tem em seu capital social menos de 40% de participação da União. Como é exigido por lei, embora não saiba aqui indicar qual, meu ingresso se deu por concurso público. Concorri com dezenas de milhares de pessoas para hoje ter um cargo e uma função dentro do grupo. No processo seletivo ao qual me sujeitei junto com outras tantas pessoas, tive de provar várias coisas, tais como não ser um analfabeto funcional (li, escrevi, demonstrei entendimento e respondi), estar quite com minhas obrigações eleitorais e militares, estar apto física, biológica e psicologicamente para o exercício das atribuições inerentes ao cargo e, este que calhou lembrar a tal decisão do STF, ter a "ficha limpa".

Claro, a expressão nunca seria usada num edital assim como não foi usada no caso eleitoral vigente, apesar de ter sido cunhada ao sabor do coloquialismo jornalístico. O eufemismo usado no documento foi "Levantamento Sociofuncional", parte dum esquema maior intitulado "Qualificação biopsicossocial", que engloba os itens anteriores e incluí verificações diversas, inclusive, segundo consta, na política. Interessante que esse levantamento é, em todo ou em parte, isso não está claro, realizado pela segurança patrimonial/institucional.

Meu cargo é de nível médio, função administrativa e hierarquicamente mais inferior na pirâmide organizacional. Mas, nada mais justo, foi preciso saber se eu era "confiável" ou pelo menos reduzir as chances de arrependimentos no processo, sendo a confiabilidade muitas vezes relativa.

O mesmo, como se vê, não se aplica aos cargos cujas atribuições e "poderes" criam possibilidades (para pessoas com falta de caráter) de apropriações indevidas do erário público, geração/aumento de pobreza e fome como conseqüência dos crimes diretos e seus efeitos e/ou pela incompetência administrativa e falha na governança. Falhas, desvio e crimes que em nada parecem contribuir para que a Justiça tire a venda, olhe, enxergue e atue de forma coibitiva, punitiva, repressiva...

Assumo aqui minha falta de entendimento com tudo isso. Defendo, com base no exposto, a realização de concurso público para que o candidato esteja apto a ocupar o cargo.

E apóio a campanha da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) - a mesma que teve sua ação direta de inconstitucionalidade (a que pretendia barrar candidaturas de políticos que respondem a processos ou têm condenações na Justiça) julgada improcedente pelo STF - por Eleições Limpas.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Somente em casos excepcionais

Excepcional: Em que há, ou que constitui exceção; Exceção: 1. Ato ou efeito de excetuar. 2. Desvio da regra geral. 3.Aquilo que se exclui da regra. (Dicionário Aurélio)

Considerando a totalidade dos brasileiros, temos que a maior parte, a grande maioria não é rica, não transita livremente pelos corredores do poder (o "público" é o lugar onde menos se pode, logo esse "poder" soa como uma ironia cruel), não tem conta bancária no exterior, não tem isso, não tem aquilo. Está é a maioria. Por outro lado temos uma minoria, bem pequena (de abrangência e de caráter) que, feita uma comparação numérica com a primeira, poderíamos dizer que, em termos de população brasileira, configuraria como um desvio da regra geral, uma exceção. Logo, esses casos excepcionais não seriam tão excepcionais assim. Mas, vamos lá.

Para "respeitar os princípios fundamentais estabelecidos na Constituição Cidadã" (sic) juntaram-se os representantes da elite e resolveram proteger os graúdos. É como interpreto essa atenção dispensada pelo Supremo (e pelo Senado) para regular quem pode ser algemado e quando. Uma dica: se o bandido é pobre, continuará sendo algemado e tratado como o que é (ou está)... um criminoso. Neste caso não cabe exceção alguma.

Ao passo que, se o marginal, o larápio, o meliante, o pilantra que desvia, subtrai, tira daqui e leva para lá... se o canalha rouba o dinheiro que deveria ser aplicado para que aquela criança que hoje é considerada em "situação de risco social" não se transforme no bandido violento que porá em risco a sociedade de amanhã... ah, esse não pode ser algemado, salvo em casos excepcionalíssimos.

Concordo que é preciso racionalizar certas ações de modo a conduzir as intervenções policiais sem teatralismos. Mas não sou tolo de pensar que a decisão de hoje visa evitar a execração pública do cidadão. Isso porque esse "cidadão" não é o que se conhece como "cidadão comum". Aliás, de "comum" não tem nada, a não ser em seu ambiente de atuação (grandes escritórios com relações excusas com os "mandatários" do país nas diversas instâncias do poder), onde parece ser comum a pilantragem.

Muito me alegraria se esses marginais que transitam livremente pelas esferas do poder fossem, sim, execrados, algemados e colocados trancafiados com seus comuns, os bandidos.

Enquanto isso... somente em casos excepcionais. Talvez ainda vivemos um Estado de exceção.

domingo, agosto 03, 2008

Um sorriso valioso

Em minhas "andanças" pela internet há alguns meses me deparei com um poema em vídeo-montagem sobre o sorriso das mulheres negras. O título: Black Woman's Smile, escrito por Ty Gray El, que também narra o poema. Achei bonito, com imagens fortes e uma cadência interessante. Não encontrei tradução para o português e, por isso, hoje resolvi fazer uma. Um pouquinho de Google Translate (bom, mas burro), dicionário inglês-português a mão, dicionário de sinônimos WordWeb que uso há anos a postos, pesquisas e mais pesquisas na web e consegui o resultado que publico aqui. Notem que o poema faz uso de eventos históricos ocorridos nos EUA, cabendo alguns esclarecimentos entre parênteses. Mas com o resultado acho que foi possível ver o objetivo, compreender o poema.




A Black Woman’s Smile
by Ty Gray-EL
(Tradução de Alex Amaral)

Sabe o quanto você precisa ser forte para fazer uma mulher negra sorrir?
Você tem alguma ideia do que essa realização significa?
Ela suportou o peso deste país nas costas por 400 anos.
Ela sofreu a agonia de ter de sustentar e criar seus filhos sozinha desde os anos 1600.
Tem alguma idéia do quanto é difícil colocar um sorriso em seu rosto?
Você precisa da força de um Sansão, dos nervos de um Josué e da coragem de Davi enfrentando Golias.
(aqui o autor usa referenciais bíblicos do Velho Testamento)
Pois ela tem cultivado em seu ventre a maravilha do universo,
só para ter suas esperanças e sonhos abortados e seus anseios sem mortos assim que nascem.
Ela deu à luz a reis e rainhas e os entregou em sua nobre promessa e teve seus filhos raptados e vendidos a um criminoso, sem respeito pelos seus direitos.
Se você puder fazer uma mulher negra sorrir, você é operou um milagre.
Imagine amamentar o seu filho na Virgínia e tê-lo arrancado de seus braços para ser vendido;
sequestrado em Louisiana e publicamente ofertado num leilão em Nova Orleans.
Se a lembrança dessa dor sem limites estivesse guardada em seu DNA, você estaria sorrindo?
Se você amamentasse uma outra criança apenas para vê-la crescer o suficiente para lhe chamar de Darky, Pickaninny e Nappy-cabeças Jigaboo (
ofenças racistas sem tradução direta em português), você também não estaria sorrindo.
Se você puder fazer uma mulher negra sorrir, você terá feito algo importante.
Se você puder fazê-la sorrir, você terá sido mais forte que Atlas (
mitologia grega, condenado a "segurar" o céu), pois Deus sabe o que ela tem passado.
Ela foi violada e devastada e desdenhada e quase aniquilada.
Ela foi usada e apedrejada e deliberadamente desvalorizada.
Ela cozinhou e limpou e costurou ... e nunca foi compensada.
Ela foi forçada a assistir os frutos de seu ventre serem mutilados e caluniados durante séculos.
Como personagem da história ela tem sido continuamente difamada e assassinada repetidas vezes.
Você alguma vez pensou em como você tem de ser forte, apenas para ser uma mulher negra?
Ela teve de fazer "tijolos sem palha" (
expressão que pode significar ter de construir algo sem o material adequado ou que conhece), após ter sido despojada de todos os seus costumes, despojada de toda a sua cultura, despida de todas as suas tradições.
Nenhuma outra mulher na história do mundo civilizado teve de passar pelo que ela passou.
Nem um outro ser do planeta teve de suportar o que ela suportou. Ela foi sensurada, criticada, demonizada e aterrorizada.
Ela teve de se defender quando seu homem foi chicoteado por tentar defendê-la.
Ela teve de se defender quando seu homem foi castrado por tentar defendê-la.
Ela teve de se defender quando seu homem foi enforcado por tentar defendê-la.
Ela teve de carregar seu homem, pois toda vez que ele tentou levar a si mesmo, foi morto por tentar fazê-lo.
Pergunte a Betty Shabazz (
viúva de Malcom X) sobre Malcolm;
pergunte a Corretta Scott King (viúva de Martin Luther King) sobre Martin;
pergunte a mãe de Emmett Till (um adolescente morto brutalmente em 1955 no Mississipi).
Se você puder fazer uma mulher negra sorrir, você terá conseguido alguma coisa.
Desde 1619, quando chegamos acorrentados, o mundo inteiro tem confundido sua mente,
desrespeitando-a, chamando-a do que não é, e ela se cansou, assim como Fanny-Lou-Hamer
(
ativista dos direitos civis que lutou pelo direito de voto dos afro-americanos e para que tivessem voz política - disse "I am sick and tired of being sick and tired" - estou doente e cansada de estar doente e cansada).
Cansada de ser chamada de palavras começadas por B, por H e por N (
trata-se de xingamentos/ofenças racistas/sexistas que começam por tais letras; aqui não serão transcritos ou traduzidos) palavras e mais outras palavras, exceto como filha de Deus, que ela é.
Mas a única coisa neste mundo que vai fazer uma mulher negra sorrir é o seu homem.
Um verdadeiro homem!
Se você estiver fazendo o que deve fazer ela irá sorrir;
ela vai sorrir de forma agradável e regularmente.
Portanto, se torne um homem meu irmão.
Tarne-se homem e faça sua mulher sorrir.
Trate-a como a rainha que ela é.
Ela merece.
E reconheça isto: Em toda criação de Deus não há nada mais sedutor,
mais encantador, ou atraente; nada mais belo, mais carismático,
mais charmoso ou cativante, nada mais delicioso, mais elegante,
ou requintado; nada mais fascinante, mais lindo, mais inspirador
ou enebriante; nada mais magnífico ou amável do que o
sorriso de uma mulher negra (Black Woman's Smile).


English version
Do you know how strong you have to be to make a black woman smile?
Do you have any idea what an accomplishment that is?
She has borne the weight of this country on her back for 400 years.
She has suffered the agony of unassisted, husband-less childrearing since the 1600’s.
Have you any idea how much strength it takes to put a smile on her face?
You need the strength of Sampson, the nerve of Joshua and the courage of David facing Goliath.
Cause she has cultivated in her womb the marvel of the universe,
only to have her hopes and dreams aborted and her aspirations show up dead on arrival.
She has given birth to kings and queens and delivered on her majestic promise
only to have her children kidnapped and sold to a criminal with no respect for her royalty.
If you can make a black woman smile, you are a miracle worker.
Imagine breastfeeding your child in Virginia and having snatched from your arms,
branded; hijacked to Louisiana and publicly fondled on a New Orleans auction block.
If the memory of that pain was locked-bound in your DNA, would you be smiling?
If you breast-fed someone else’s child only to watch her grow old enough to call you Darky,
Pickaninny and Nappy-headed Jigaboo, you wouldn’t be smiling either.
If you can make a black woman smile you have DONE something.
If you can make her smile you are stronger than Atlas, cause God knows she has been.
She’s been raped and ravaged and scorned and nearly annihilated.
She’s been pimped and pummeled and stoned and deliberately depreciated.
She has cooked and cleaned and sewn...and never been compensated.
She’s been forced to watch the offspring of her loins mangled and maligned across centuries.
Her character has been continuously smeared, assassinated over and over and over;
again and again and again.
You ever thought about how strong you have to be, just to BE a black woman?
She’s had to make brick without straw after being stripped of all her customs,
stripped of all her culture, stripped of all her traditions.
No other woman in the history of the civilized world has gone what she has gone through.
No other beings on the planet have endured what she has endured.
She’s been chastised, criticized, demonized and terrorized.
She’s had to stand when her man was bull-whipped for trying to stand.
She’s had to stand when her man was castrated for trying to stand.
She’s had to stand when her man was hung by his neck for trying to stand.
She’s had to carry her man, cause every time he tried to carry himself, he was murdered for trying to do so.
Ask Betty Shabazz about Malcolm; ask Corretta Scott King about Martin; ask Emmett Till’s mother.
If you can make a black woman smile you have achieved something.
Since 1619 when we came in chains, the entire world’s been messing with her brain,
disrespecting her, calling her out of her name, and she’s tired, just plain Fanny-Lou-Hamer-tired.
Tired of being called B-words, and H-words and N-words and other-words
and everything except the child of God that she is.
But the one thing in this world that will make a black woman smile is her man.
A real man!
If you’re doing what you’re supposed to do she will smile she will smile regularly and gladly.
So, man up my brother.
Man up and make your woman smile.
Treat her like the Queen that she is.
She deserves it.
And recognize this:
In all of God’s Creation there is nothing more alluring, more appealing, or attractive;
nothing more beautiful, more charismatic, more charming or captivating;
nothing more delightful, more elegant, or exquisite; nothing more fascinating,
more gorgeous, more inspiring, or intoxicating; nothing
more magnificent or lovely than
a Black Woman’s Smile.

sábado, agosto 02, 2008

Até quando?

Aplausos à Lei Lei 11.705, viva á Lei Seca. A Polícia Rodoviária Federal confirma uma diminuição no número de mortes nas estradas. Ótimo!

Mas uma coisa sempre me incomoda: criminosos posando na TV (ou revista, ou jornal, etc.) como se nada tivesse acontecido. É o caso de Alexandro Pires. Hoje, por exemplo. O RJTV, da Rede Globo, dedicou mais de oito minutos para exibir a imagem "artística" do sujeito na televisão. Embora não me identifique com o trabalho dele, tenho de reconhecer seu talento para a fama. É famoso não apenas no Brasil. Mais o que me chateia é o fato de um criminoso confesso, assim como Edmundo (jogador de futebol), ser evidenciado na mídia dessa forma. A mesma mídia que, fazendo um ótimo trabalho, critíca e denuncia o mesmo tipo de crime que ele cometeu. A mesma mídia que exibe a dor da família da vítima e a indignação da sociedade. Uma indignação que parece, pelo que podemos ver, bem relativa por não ser isenta.



Para quem não se lembra, Alexandre Pires atropelou e matou um motoqueiro há menos de uma década. O "cantor" estava bem acima do limite de velocidade e não prestou socorro. Não foi feito exame para saber se estava embriagado e ele não foi preso. Dizem que um acordo foi feito com a família da vítima (não sei que acordo foi e$$e).

A entrevista acima é a prova de que tudo gira em torno do interesse, é a prova de que a memória pode ser fraca quando convém, é a prova de que a justiça é relativa assim como a aplicação da lei, é a prova da impunidade existe. A mesma impunidade que causa indignação, que leva milhares aos protestos, que faz com que alguns vistam aquela camisa com foto da vítima, pedindo paz, justiça... É a prova de que tudo parece ficção, brincadeira.
Reflitam: e se a vítima fosse um ente querido seu?

A menina no mercado

Havia uma menina no mercado. Devia ter uns 12 anos. Talvez menos. Estava atrás de mim no caixa. Tinha dois pacotes de macarrão instantâneo n...