Quero conversar, expor, externar, bater um papo, levar um lero, trocar uma ideia. Com quem? Com você, com ninguém, com o divino, com o profano, com o justo, com o injusto, com o tudo e com o nada, comigo mesmo. Como? Com palavras, com imagens, com sons, com silêncios, com conhecimento, com ignorância, com paixão ou neutralidade, com amor ou ódio, com alegria ou tristeza, como eu quiser ou puder. Quando? Talvez agora, ou daqui a pouco, ou nunca, ou sempre. Sobre o quê? Sobre nada... ou TUDO!
quarta-feira, dezembro 02, 2015
terça-feira, dezembro 01, 2015
Há 60 anos...
Uma Rosa chamada Rosa Louise McCauley
Uma Rosa que brotou
E nos encantou
Uma Rosa de luz
E que nos conduz
Ao putrefato racismo
Seu perfume de liberdade
Nos fez resistir
Nos fez refletir
Seu perfume de liberdade
Que nos impregna
E nos envolve
E nos ilumina
E nos dá força
E nos inspira
Flor corajosa
Rosa amorosa
Rosa mulher
Anjo bem-nos-quer
quarta-feira, agosto 12, 2015
quinta-feira, maio 14, 2015
terça-feira, abril 14, 2015
sexta-feira, março 06, 2015
Algumas pessoas carecem. Eu não!
Assaltos e sequestros-relâmpagos em shoppings do Rio, da
Zona Sul do Rio. Discutem de quem é a responsabilidade pela segurança nesses
ambientes, discutem o “abuso” dos criminosos em atuarem em áreas como essas,
discutem, discutem, discutem…
Me compadeço das vítimas. Tenho medo e a cada dia fico mais
medroso. Espero que as autoridades façam o que se espera, de maneira simples e
eficaz e responsável e justa: conduzir os bandidos (todos) à justiça, para que
respondam por seus crimes a luz da legislação vigente. Quero paz!!
Dito isto, devo comentar (e registrar) minha discordância
com os que bradam que os shoppings da Zona Sul se tornam ambientes inseguros.
Não penso assim. Eu, por exemplo, me sinto seguro.
Ao adentrar nesses ambientes, automaticamente tenho toda a
atenção dos prestimosos seguranças. Mesmo os que estão à paisana, facilmente
reconhecíveis pela ânsia em me “ajudar”. Estão sempre próximos. Sempre atentos. Sempre
prontos para me prestar seu “apoio”. Às vezes penso até que almejam que eu “precise
de ajuda”. Por vezes penso que os seguranças dos shoppings da Zona Sul do Rio
de Janeiro têm a certeza absoluta de que “pedirei ajuda”. E até se decepcionam
quando não têm a oportunidade de me “ajudar. Triste.
Me sinto culpado por decepcioná-los. Mas, acima de tudo,
lamento o fato de que, ao me dispensarem tanta atenção, deixam de observar os
que realmente precisam de “ajuda”. São pessoas que, para os seguranças dos
shopping centers da Zona Sul do Rio de Janeiro, aparentemente (aparência,
aparência suspeita, boa aparência, aparência…) não precisarão de “ajuda”,
pessoas com as quais eles não precisam se preocupar. Para eles seria um espanto
se determinadas pessoas necessitassem de “ajuda” e eu não.
Essa mesma presteza demonstrada de forma nada sutil pelos seguranças
dos shopping centers da Zona Sul do Rio de Janeiro eu noto também em seus congêneres
que trabalham mercados, galerias, lojas de rua, vias públicas, espaços culturais
e outros estabelecimentos. Até em policiais, sempre tão prestativos.
Já escrevi para estabelecimentos como Hortifruti,
Supermercado Zona Sul e outros para reclamar de tanta “atenção”. Mas parece que
os responsáveis por esses estabelecimentos não conseguem coibir o impulso
assistencialista dos seguranças. Ou até entendem e estimulam. Quem sabe?
Algumas vezes considero um preconceito dos seguranças de shopping
centers da Zona Sul do Rio de Janeiro (e seus congêneres), por acharem que
precisarei de “ajuda”. Ou mesmo com quem eles pensam que nunca precisarão de
ajuda. Um conceito que, por sua reincidência, por sua reiteração, por sua persistência,
por sua obstinação… mas parece um conceito. Um infeliz conceito. Uma infeliz
certeza.
Mas não são apenas os seguranças de shopping centers da Zona
Sul do Rio de Janeiro (e seus congêneres) que pré(conceituam) minha carência de
auxílio, de ajuda, de assistência. Existem muitas pessoas que, preparadas e
ávidas para “ajudar”, correriam para me “acudir” e outras tantas que, por medo
ou receio de uma situação em que eu necessite de ajuda, se afastariam, precavidamente.
Triste. Muito triste.
Finalizo. Existem, infelizmente, muitas pessoas que precisam
desse tipo de ajuda. Eu não. Aos seguranças de shopping centers da Zona Sul do
Rio de Janeiro eu digo: eu não preciso do tipo de ajuda, do tipo de atenção, do
tipo de assistência que cismam em me proporcionar.
Não sou um carente.
Sou um cliente.
segunda-feira, março 02, 2015
Cai Lun foi para o espaço
Quando penso em NASA, o que me vem a mente é, em essência, tecnologia. Exploração espacial, satélites moderníssimos, viagens a outros planetas, caminhada na Lua... Mas a essência é tecnologia de ponta.
Há algum tempo assino o "Image of the Day for NASA" uma newsletter do NASA News Services. E vivo me deliciando com as imagens incríveis que são postadas.
Hoje, um detalhe me chamou atenção. A foto tirada em 1º de Março pelo astronauta Terry W. Virts (@AstroTerry) e entitulada "Astronauts Complete Series of Three Spacewalks" mostra seu colega Barry Eugene "Butch" Wilmore durante uma caminhada espacial (a execução de um serviço externo) na Estação Espacial Internacional (EEI).
O detalhe a que me refiro é um caderno, preso ao braço de Butch. Isso mesmo. Um caderno. Papel. Folhas presas num espiral. Não é um tablet ou um smartphone ou qualquer outro gadget conhecido ou não. Era um caderno.
Apesar de certas dificuldades na absorção de tanta inovação que chega em avalanche, eu sou um entusiasta da tecnologia. Porém não de forma irrestrita, cega, fundamentalista. Eu admiro, gosto, tento acompanhar, uso, me surpreendo, sonho...
Mas eis que temos o papel. Tecnologia com mais de mil anos, sempre presente em nosso cotidiano, em nossas atividade.
Será que Cai Lun imaginou que seu invento pudesse ir tão longe?
Para ver o tweet de Virts clique aqui.
sábado, janeiro 31, 2015
Os anciões e a preservação da essência de nossa cultura
O que um episódio de Jornada nas Estrelas pode nos fazer refletir sobre
preservação no contexto informacional? Muita coisa!
Não posso me considerar um aficionado pela séria, embora goste muito da
temática. Ficção, tecnologia, espaço... a fronteira final.
Tantos séculos à frente e a referência ao passado é sempre constante.
Fatos, relatos, imagens... Até representações holográficas desse passado
remoto. Informação, preservada e acessível.
Há algum tempo fiz a seguinte pergunta a uma amiga: qual a data do
e-mail mais antigo que você ainda guarda? Sinceramente não me recordo da
resposta. No meu caso, o mais antigo datava de 4 de Abril de 2004. Quase dez
anos na ocasião da pergunta. Reparei que isso era e ainda é raridade. Hoje já
não tenho esse e-mail. Graças ao IG que parece ter deletado todo conteúdo de
minha conta, sem avisar. Hoje, o mais antigo que tenho data de 2006. Claro,
quando se tem um e-mail corporativo, numa empresa que se preocupa minimamente
com a preservação (mesmo que indiscriminada) por questões de negócio, é fácil encontrar
e-mail mais antigos. É a política do "arquiva tudo".
No caso de fotos é indiscutível que as mais antigas e ainda acessíveis
não estão em mídias digitais, mas em papel. Algumas pessoas até mesmo preservam
aqueles velhos filmes, bastando uma boa vista e uma fonte de luz para “acessar”
a informação ali registrada. Claro, aqui não considero os processo de digitalização para a acesso.
Mas será que em algumas décadas ainda teremos acesso a tais
informações? Ainda poderemos abrir um e-mail antigo, ler seu conteúdo,
recordar?
O fato é que as mídias mais seguras para preservação de longo prazo não
são os discos ópticos, não são os muitos pen-drives acumulados em nossas
gavetas, não são os cartões de “memória” de nossos celulares, câmeras
fotográficas, ou quaisquer outros dispositivos móveis.
O microfilme se destaca nesse quesito. Para muitos ultrapassados, mas
atualmente muito utilizado.
Não esqueçamos o retorno do disco de vinil. Para muitos, simples
saudosismo, onda retrô. Mas em termos de preservação é bem mais seguro que um
CD ou outra mídia usada popularmente para armazenamento de arquivo MP3, por exemplo.
Voltando ao filme…
Num dos episódios, Vulcano, o planeta natal do incrível personagem
Spock, é destruído. No filme, ele comenta algo, num tom de lamento. É mais ou
menos assim: “…mesmo que a essência de nossa cultura tenha sido preservada
pelos anciões…”.
O fato é que fica claro, naquela declaração, que não é a tecnologia,
não são as mídias, as responsáveis pela preservação do conhecimento daquele
povo. São os anciões.
Tal como os griôs nas sociedades africanas (pelo menos as mais
tradicionais) os anciões vulcanos têm esse importante papel: a preservação da
memória, principalmente por meio da disseminação.
Dito isso, vamos a análise crítica e as comparações para tentar emendar
essas duas linhas de raciocínio.
Já não temos mais disquetes. Os CD-ROMs são praticamente inexistentes.
Temos um ou mais pen-drives. Temos nossos cartões de memória em nossos
smartphones e/ou em quaisquer outros dispositivos móveis. São nossos espaços
locais. Temos também nossos espaços na nuvem, na clould. Este último, claro,
estamos terceirizando (Google, Amazon, Apple…) e raramente refletimos sobre como
nosso espaço está sendo cuidado. Ou, se deixarmos de “frequentar” esses espaços
virtuais durante algum tempo, quando retornarmos, será que “nossas coisas”
acessíveis? Normalmente só nos preocupamos quando, por algum problema técnico, nosso espaço na nuvem fica inacessível.
E como estamos cuidados de nossos espaços locais? Os guardamos em local
seguro? Fazemos migrações periódicas de maneira a mantermos os arquivos
acessíveis por programas atualizados? Eliminamos o desnecessário, as duplicações?
Fazemos verificações sobre a segurança dos arquivos, sua integridade, etc.?
E nossas mídias humanas? Como as tratamos? Nossos anciões, nossos velhos, nossos “mais
antigos”. Eles estão acessíveis? Ainda conseguimos “lê-los”? Estamos cuidados
deles de modo a preservar o que nos têm a oferecer? Estamos, de alguma forma,
registrando o que os guardiões da essência de nossa cultura nos transmitem?
E, por fim, temos consciência de que nós, os “não tão antigos”, os Spocks desse espaço,
também somos responsáveis pela preservação de nossa memória?
A vaquinha do governo
O governo resolveu fazer uma vaquinha para salvar o país. Achou isso melhor, mais prático e mais fácil do que eliminar a corrupção. Além de ser uma medida mais rápida de ser aplicada, uma vez que não corre o risco de quebra-quebra (já que estamos falando de mais de 20 centavos) e não precisa dar satisfação a ninguém. Por ser uma entidade muito eficiente e contar com pessoas competentes e proativas, resolveram sinalizar graficamente qual será a contribuição do povo. Assim não fica dúvida alguma. Muito didático.
Crise hídrica
A capacidade de criar expressões bonitas e rebuscadas para
falar de coisas simples (e por vezes feias, tristes e preocupantes) parece não
ter fim.
A seca, temperada com a falta de estrutura, de planejamento
e maus hábitos, virou crise hídrica.
Talvez não saibam, mas existe uma dessas expressões para o
desmatamento: supressão vegetal.
Tanto a supressão vegetal como a crise hídrica são “fenômenos”
que ocorrem e são praticados há muito tempo no Brasil.
Toda essa polêmica envolvendo o racionamento de água só é
polêmica pois agora atinge determinado setor da sociedade, determinadas
regiões.
Racionamento de água ocorre em Mesquita, cidade da Baixada
Fluminense no Estado do Rio de Janeiro, há décadas. Assim como o racionamento
de energia elétrica. São racionamentos forçados, pela falta de estrutura
histórica daquela região.
Raramente foi noticiado. Protestos e reclamações ocorreram,
claro. Mas ninguém ateou fogo ou queimou ônibus. Dificuldades com falta de
civilidade são fatais. Mesquita sobreviveu e sobrevive. Hoje com problemas
velhos e novos. Mas está lá. Mesquita é apenas um de muitos exemplos de racionamento de água e luz (e boa gestão).
Água é algo muito valioso e importante e vital para ser
tratado com a irresponsabilidade que nossos gestores têm demonstrado. Não
apenas irresponsabilidade, mas falta de bom senso, falta de escrúpulos, falta
de coragem. Sobram a má fé e a ignorância. Tentam mascaram o interesse político
por trás de suas declarações.
Infelizmente esses canalhas são presenteados com uma chuva
de votos a cada 2 anos. E florescem, e brotam e se desenvolvem e se alastram
pela sociedade.
A corrupção é uma serra
Uma floresta promissora. Diversa. Grandiosa. Extensa. O mundo olhava
atendo para ela. O que acontecia ali?
Nela, uma árvore se destacava. Com suas raízes profundas e ramificações,
na superfície e no subterrâneo. Era também muito alta. A mais alta da floresta.
De seu topo se via toda a extensão da mata. Era uma bela árvore. Importante. Imponente.
Dela sobreviviam, direta e indiretamente, muitas e muitas outras árvores
menores, próximas e distantes. Sua sombra gerava conforto a todos que estavam
próximos. Seus frutos alimentavam os muito próximos e os muito distantes.
Durante muito tempo uma praga, até então pouco percebida, embora
presente, se multiplicou e ganhou força, comprometendo toda a estrutura da
grandiosa árvore. A árvore perdeu força. Suas folhas estavam secando. Seus
galhos estavam mais fracos. Seus frutos já não tão abundantes.
E toda a floresta ficou preocupada, apreensiva. A promessa de um futuro
mais rico se transformava em medo. Pois ficava claro que, se a árvore caísse,
derrubaria muitas e muitas outras. E a floresta padeceria.
Uma fábula tosca, nascida dessa minha mente perturbada. Mas com base em
fatos. Se vocês buscarem vídeos de desmatamento, talvez encontrem muitos nos
quais, quando uma árvore de grande porte é cortada, ao cair, derruba muitas
outras. Logo, não é apenas a árvore cortada que morre, outras menores e
igualmente promissoras e importantes morrem também.
Uma pauta que ocupa os noticiários, assim como a chamada crise hídrica,
está relacionada com a operação Lava-Jato. A maior empresa do Brasil (será que
ainda é neste momento?) abalada por uma rede de corrupção, que envolve
fornecedores, governo e os próprios funcionários.
Eis o quanto é perniciosa a corrupção. Em todos os níveis. Sempre terá
impactos. A única relativização que se pode fazer, mesmo assim com parcimônia e
cuidado e bom senso, é a extensão desse impacto.
Vamos pegar o gancho do nome da operação da polícia federal: lava-jato.
Imaginem alguém com espirito empreendedor e pouco caráter que resolve abrir um
lava-jato “doméstico”. Sabe que haverá um aumento no consumo de energia
elétrica por conta da lavadora de alta pressão e também aumento no consumo de
água, por motivos óbvios. A “solução” é fazer um gato, de água e luz. Pronto,
eis o negócio montado. Empreendimento criminoso, pura e simplesmente. Ele furta
água e luz, e todos pagam a conta. Nesse momento eu pago pelas milhares de
ligações clandestinas de água e energia elétrica. E você também está pagando.
Percebem o impacto? Talvez seja um pouco mais difícil imaginar a extensão desse
impacto.
Pois bem. Quando essa mesma corrupção, esse mesmo crime, envolve a
maior empresa do país, responsável direta e indiretamente pela manutenção de
tantos… Bem, o impacto é visível, claro e assustador.
A diminuição de seu valor de mercado, a queda no valor de suas ações, a
perda de seus ativos e de sua credibilidade são alguns dos resultados da
corrupção (e da mão suja do governo federal e a corja do PT).
Não estão apenas tentando acabar com a grandiosa árvore. Estão tentando
arrasar com tudo. Pois, se a árvore cair…
sábado, janeiro 24, 2015
quarta-feira, janeiro 07, 2015
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A menina no mercado
Havia uma menina no mercado. Devia ter uns 12 anos. Talvez menos. Estava atrás de mim no caixa. Tinha dois pacotes de macarrão instantâneo n...
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