sábado, dezembro 22, 2012

2012. Um balanço. (parte 1)

Aproveitarei este espaço (eu sempre me aproveitando dele!) e esses dias de festas (quem me conhece sabe que tento me manter longe... tento) para escrever, de forma resumida, como foi o meu 2012. Claro, até este momento. E de forma resumida, também, porque acabo me censurando em alguns pontos. É isso aí, eu me imponho uma censura. Vou dividir os "desabafos" em tópicos de modo que eu possa refletir e melhor externar o que sinto e penso de acordo com minhas lembranças. Mas tudo está relacionado, é uma coisa só.


No trabalho

Um ano interessante. Coisas novas. A começar pelo ambiente de trabalho. Como num ciclo, como uma espécie de déjà vu profissional, eis que volto (após 15 anos!) a trabalhar numa empresa de navegação. Na verdade um ramo bastante relevante da empresa na qual trabalho desde 2008. Muito embora eu tenha estado bem próximo do shipping, prestando serviços na área de telecomunicações, durante mais de 10 anos. Outro aspecto interessante foi “voltar” para o Centro do Rio, lugar onde tanto aprendi e que tanto gosto. A soma desses dois aspectos, um de negócios outro geográfico, me proporcionou retomar o contato com algumas pessoas importantes em minha vida profissional e pessoal.

O trabalho em si – com sua sistemática própria, com processos bem específicos – é outra novidade. Algumas tarefas instigantes, outras monótonas. Algumas claramente relevantes e outras absolutamente dispensáveis e que persistem por puro vício empresarial (lê-se: pessoal que decidem). Ah, sim, continuo um crítico. Com tudo (inclusive alguns problemas) que isso possa me causar. Mas vou até onde posso. 

O idealizado, isto é, atuar em minha área de estudo, ainda não se concretizou. Mas ao longo do tempo tento amadurecer no sentido de aceitação de algumas coisas que, nesse momento, não posso mudar. Em parte creio que minha atuação tem sido importante.

A novidade também se deu nas relações de trabalho. Pessoas, a parte mais crítica de qualquer atividade profissional, de qualquer processo de negócio ou projeto. E foram tantas! Cada uma com sua característica própria, com seu modo de interagir, com sua forma de executar suas funções, suas atribuições. Cada uma com sua experiência, com seu ritmo. Talvez não seja errado afirmar que a convivência foi civilizada, como devem ser as relações humanas. Aprendi. Ensinei. 

Claro, em se tratando de relações humanas eu deixei (ou pelo menos tento deixar) de esperar perfeição. Aborrecimentos e decepções ocorreram. Senti e causei. 

Da alta administração da empresa aos estagiários, aprendizes e tantos outros. Cada um me ensinou algo, cada um me inspirou. Somos todos ensinantes e aprendentes.

Essa mudança também significou sair de uma área de conforto (mais uma vez). Pisei em terreno desconhecido. E me mantive de pé.

Nos estudos

Enfim, a PÓS! De fato tenho de aprender a não adiar certas coisas em minha vida. Pois a cada dia percebo o quanto ela é curta. E a impressão de que tenho mais passado que futuro ainda permeia essa mente conturbada. 

Mas o positivo é que iniciei a pós-graduação. Uma especialização em Gestão Eletrônica de Documentos é uma maneira de me manter “no mercado”. Não menos importante, é uma forma de mostrar respeito por quatro anos de estudos para me graduar numa Universidade “pública, federal e gratuita”, parafraseando um respeitado professor, profissional e teórico da área arquivística.

É certo que devo me dedicar mais e aproveitar mais essa oportunidade para me consolidar como Arquivista, não apenas com um registro na carteira de trabalho (mais uma formalidade), mas como um profissional respeitado da área e na área.

Os estudos também ocorrem através da internet, através da modalidade EAD (ensino à distância). Finalizei um primeiro treinamento em digitalização e pretendo realizar outros na área de documentação. Além disso, farei pelo menos uma Certificação no início de 2013, esta presencial, numa instituição em São Paulo.

Um débito pessoal, em se tratando de estudos, é com relação aos concursos. Como é de conhecimento público (está lá no diário oficial!) fui aprovado nos concursos para o Iphan e para a Eletronuclear. Embora minha classificação não tenha sido tão ruim, também não foi tão boa. Recentemente fiz uma prova para outro órgão público, a Dataprev. Para minha surpresa (e preocupação*) fui também aprovado, embora em minha colocação (19º, média preliminar) fique bem difícil ser convocado. Mas uma coisa ficou bastante clara (embora seja óbvia para qualquer pessoa): eu preciso estudar

(*) Sei que concorri com profissionais que já atuam na área e mesmo recém-formados que, teoricamente, estariam com os conhecimentos mais “frescos” na mente. A primeira coisa que pensei ao verificar o primeiro resultado preliminar foi sobre o nível desses profissionais que estão chegando ou já chegaram ao mercado. Principalmente ao verificar os resultados das provas de português e conhecimentos gerais. Não encarem isso como uma arrogância de minha parte. É uma preocupação genuína. Já demonstrava isso na graduação.

Ainda nos estudos, em 2012 eu não me dediquei muito a outras matérias. Quem acompanha o blog já deve ter percebido o interesse por questões políticas (internas e externas), história, cultura, história, sociedade, literatura, arquivística… E África (sociedade, política, cultura, história). Li pouco. 

A tática de leitura dupla (um na mochila e um na cabeceira) não funcionou muito bem em 2012. Mas a manterei. Não culpo os livros. 

CONTINUA...

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