Um fato na história dos direitos humanos que realça a importância de nos indignarmos, de não aceitarmos sermos tratados de maneira indigna. Realça também o quanto o Estado foi (hoje o meios são outros) cruel com quem assumisse postura crítica contra ações e políticas que desrespeitassem direitos fundamentais, básicos. Uma história que nos mostra que, embora legalmente abolida pouco mais de duas décadas antes, a política escravagista estava bem viva (como até nossos dias), seja num aparato legal que respaldava punições análogas às que eram aplicadas aos escravizados, seja na mentalidade dos entes públicos (militares e civis) que viam o homem negro, os trabalhadores da base da pirâmide daquela hierarquizada sociedade, como inferiores. E, como inferiores, era inaceitável o fato de irem contra ao que lhes era imposto.
Mas eis que um semialfabetizado, negro, de 30 anos, não aceitou, não acatou. João Cândido Felisberto em 22 de Novembro de 1910 iniciou a luta não apenas por seus direitos, mas pelos direitos de todos os seres humanos que não era tratados como tais. Há 100 anos teve início a Revolta da Chibata. Valeu João!
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