quinta-feira, junho 24, 2010

Voltei. E já digo: "até breve, Lisboa!"

Esta é a terceira postagem de hoje e desde que retornei das merecidas férias. Passei 18 dias de muita festa, novidades, vistas fabulosas, novas e marcantes amizades, muita cultura, muitas surpresas, muitas coisas para lembrar, para refletir, para amadurecer como ser humano. E, como não poderia deixar de ser, muita bebida e comida... tudo moderadamente, é claro. Estive na Europa, minha primeira viagem internacional. Mais especificamente em Portugal e França. E, para ser mais específico ainda, em Lisboa (a maior parte do tempo), Porto, Sintra e Paris.

Foi um choque cultural. A palavra cosmopolitismo define um pouco do que vi no conjunto das pessoas. Encanto e surpresa poderia definir o que vi e senti no conjunto das coisas.

Em muitas postagens eu externei aqui minha decepção e tristeza no trato com o ser humano, exemplificando isso com situações que vivi (e, infelizmente, vivo). O que faz com que me sinta um ser estranho dentro de meu próprio ambiente (rua, bairro, cidade, trabalho...). Questões relacionadas com preconceito, que vem da ignorância, e que gera o medo, o desrespeito e a desconsideração pelo outro, pelo ser humano. Posso afirmar que lá, principalmente em Lisboa, onde, como disse, estive a maior parte do tempo e pretendo retornar o quanto antes, estive em paz com essas questões que tanto me afligem, me desalentam e entristecem. Me senti bem. Muito bem.

Nas próximas postagens eu pretendo relembrar e registrar aqui essa experiência inesquecível. Hoje (e sempre) gostaria de agradecer às meninas da Rua Maria que tão bem nos ciceronearam durante aqueles dias de Junho. Brasil e Portugal sempre juntos! Desejo muita felicidade, união, paz e saúde a dupla que em trio em breve se tornará. Espero estar à altura quando visitarem este lado do Atlântico. Grande abraço ao Senhor do "Pá", uma enciclopédia viva de Lisboa, fonte de muita cultura, animação e informação. A mineira tão atenciosa, animada e de fala peculiar (um sotaque diferente de tudo que já ouvi). Ao brasiliense saudoso e amigo que exprime toda sua competência percutindo o Brasil e sua emoção em pratos, bumbos, caixas, surdos.... A luso-moçambicana de olhar penetrante e sincero e palavras firmes numa voz suave. A romena de sorriso doce que se ruborizava com a algazarra e brincadeiras daquela linda turma luso-brasileira. A delicadeza da Bela Flor. A todos os brasileiros e portugueses da Beira Minho. Enfim, meu abraço a todos os que participaram direta ou indiretamente daqueles inesquecíveis dias.

A imagem abaixo é da Praça da Figueira, onde ficamos hospedados. Naqueles dias, ao acordar, eu podia contemplar essa área do mundo em plena Lisboa antiga, com suas construções seculares e belas. Ao fundo, o Tejo. No alto, à esquerda, o milenar Castelo de São Jorge. À direita, e além, o Bairro Alto, com suas belas construções, e sua áurea de festas e animações quando as estrelas se fazem vistas. E bem perto também a Casa do Alentejo, o ponto estratégico para se saborear uma generosa dose de Ginginha, e a Praça do Rossio com seus magníficos chafarizes e grandioso monumento central, e o centenário e histórico Café Gelo onde tanto saboreei meus pequenos-almoços... E tantos outros lugares e tantas outras vistas e tantos outros sabores e ares... Até breve Lisboa!

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