Há uns 15 anos, num dos ótimos momentos da roda de samba que acontecia no Museu da Imagem e do Som (MIS), em sua sede da Praça XV, no Centro do Rio, ocorreu o lançamento do Livro A Velha Guarda da Portela de Carlos Monte (pai da maravilhosa Marisa Monte) e João Baptista M. Vargens.
Nunca gostei de abordar famosos para autógrafos. E no MIS não foi diferente. Somado ao fato de que estava bem cheio e a aproximação mais difícil. Mas tive outra oportunidade. A Velha Guarda (ou alguns de seus integrantes) comandava uma pequena casa de show, muito bem localizada num sobrado da Rua Primeiro de Março, também no Centro do Rio. E, pouco tempo depois, entre um samba e uma cerveja, lá estava eu no camarim, com aquelas lendas vivas colhendo autógrafos. Mais um momento mágico.
O lugar é outro. Renascença Clube. Com toda sua força e história. O livro também era outro. Poétnica. Livro com poesias do autor produzidas no período de 1966 a 2013. O autor? Nei Lopes. Com toda sua força e história. Com toda sua consistência artística e intelectual. Além de autógrafo com dedicatória, tive o privilégio de uma foto. Momento mais do que mágico. Seguido por uma roda de samba. E algumas cervejas.
Outros livros foram autografados ao longo desses anos. Caneta no papel. Dure o tempo que durar.
Ao longo desses anos surgiu na minha vida de leitor o e-book. Tenho um Kindle. Facilidade de aquisição. Preço. Variedade. Internet, sincronização e lá está o ícone do livro novo. Livro?
E meus autógrafos? Será com assinatura digital?
E minha dedicatória? Será um e-mail para ser anexado?
E o olhar do autor? E o deslumbramento de estar diante de quem produziu aquela história, aquelas palavras?
E a fila para colher a assinatura?
A caneta no papel?
Os argumentos contra e a favor do livro digital, do e-book, são tão frios quanto um click e tão vazios quanto as prateleiras de uma biblioteca sem papel.
Ao longo desses anos surgiu na minha vida de leitor o e-book. Tenho um Kindle. Facilidade de aquisição. Preço. Variedade. Internet, sincronização e lá está o ícone do livro novo. Livro?
E meus autógrafos? Será com assinatura digital?
E minha dedicatória? Será um e-mail para ser anexado?
E o olhar do autor? E o deslumbramento de estar diante de quem produziu aquela história, aquelas palavras?
E a fila para colher a assinatura?
A caneta no papel?
Os argumentos contra e a favor do livro digital, do e-book, são tão frios quanto um click e tão vazios quanto as prateleiras de uma biblioteca sem papel.
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