Há algum tempo noto uma mensagem no GMail que me intriga. Hoje parei para analisar a razão de a mansagem me chamar atenção. Acabei descobrindo (percebendo, já que sempre esteve lá) outra mensagem, na mesma tela, uma contradizendo outra.
Além da incoerência aparente, uma das mensagens contribui para algo que considero nocivo no gerenciamento da informação. Vamos as mensagens:
1ª - "(as mensagens que ficarem na lixeira por mais de 30 dias serão excluídas automaticamente)"
2ª - "Nenhuma conversa na Lixeira. Quem precisa excluir quando se tem mais de 7000 MB de armazenamento?!"
Ambas aparecem ao acessar a Lixeira; a segunda, como indica, com a Lixeira vazia. A incoerência é clara. Ao mesmo momento que o sistema avisa que as mensagens serão excluídas automaticamente após 30 dias, estimula a retenção das mensagens tendo em vista o espaço disponibilizado. Na tela inicial o sistema ainda apresenta a taxa de aumento da cota de armazenamento, sempre subindo.
A nocividade está exatamente nesse estímulo da guarda ou manutenção de uma mensagem sem critério. Com certeza, nesse momento, a dona do GMail (Google) não está preocupada com os custos com servidores para manter todo esse volume informacional. Mas não é apenas a questão financeira que está envolvida. Esta, no caso dessa empresa bilionária, deixemos de lado. Falo aqui dos prejuízo informacional. Com um aviso simples (mesmo que na lixeira) cria-se uma cultura de retenção, de acumulo de informação inútil. Poderíamos, nesse caso, aplicar uma versão modificada do dito popular "quem muito quer, nada tem", como "quem muito guarda, nada encontra".
Apesar disso, o GMail - assim como outros serviços similares - oferece, além da básica organização cronológica, outros mecanismos que permitem organizar ou gerenciar melhor as mensagens (informação), como os marcadores (bastante similares às pastas), filtros e o agrupamento por conversa.
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